Segundo um inquérito realizado pelo INE, a população activa cabo-verdiana passou de cerca de 220 mil pessoas no primeiro semestre de 2018 para mais de 230 mil em igual período de 2019. O aumento foi de “cerca de 9.114 pessoas relativamente aos resultados de 2018. O número de mulheres activas aumenta para 103.153 (mais 5.178 pessoas), e nos homens aumenta para 127.990 (mais 3.937 pessoas)”, explica o INE.
Ainda segundo o relatório hoje publicado pelo INE é de realçar “que o aumento da taxa de actividade é registado em todos os meios de residência, e em ambos os sexos, e grupos etários, com excepção entre os com 65 anos ou mais”.
No meio urbano o aumento é, segundo o mesmo documento, de 1,7 p.p., passando de 60,2% em 2018 para 61,9%, no 1º semestre de 2019 e, no meio rural o aumento foi de 1,5 p.p., passando de 45,7% em 2018 para 47,2%, no 1º semestre de 2019.
Por sexo, destaca o Instituto Nacional de Estatística, é estimada uma taxa de actividade de 63,8% entre os homens e de 50,5% entre as mulheres, registando-se assim um aumento entre os homens de 1,3 p.p. e nas mulheres um aumento de 1,8 p.p..
A evolução destes números levou o INE a concluir, neste inquérito, que no primeiro semestre de 2019, a “população empregada/ocupada do país totalizou 206.300 pessoas, mais 11.300 pessoas quando comparado com o registado no ano de 2018 (195.00 pessoas), o que representa um aumento de 5,8%, a nível nacional”.
O maior crescimento é, naturalmente, registado no meio urbano onde o estudo realizado pelo INE mostra que nos primeiros seis meses de 2019 havia mais 7.607 pessoas empregadas/ocupadas do que em igual período de 2018. Mas mesmo no meio rural – apesar de Cabo Verde atravessar um período de seca há já três anos consecutivos – registou-se igualmente um crescimento da população empregada. “Um aumento de 3.693 pessoas fixando em 55.002 pessoas empregadas/ocupadas”, diz o INE.
Sub-emprego aumenta
Ao crescimento destes números está ligado o aumento do número de pessoas que estão em situação de sub-emprego – pessoas que trabalharam menos que 35 horas nas actividades que exerceram, e que declararam estar disponíveis para trabalhar mais horas, caso tivessem encontrado uma outra actividade – sendo que "o subemprego aumentou 0,4 p.p. em relação ao ano 2018 (14,7%), a nível nacional. Por meio de residência, o meio rural apresenta maior taxa de subemprego, 22,1%, e um aumento de 0,1 p.p. comparativamente a 2018, contra 12,5% no meio urbano que igualmente regista um aumento de 0.4 p.p. face a 2018”, aponta o INE.
Desemprego diminui
Segundo o relatório, nos primeiros seis meses de 2019 registou-se “uma taxa de desemprego de 10,7%, diminuindo 1,5 p.p. em relação ao ano de 2018 (12,2%)”.
“No meio urbano regista-se 17.440 desempregados, uma diminuição 14,4% face a 2018, equivalente a 2.923 pessoas e no rural regista-se 7.403 desempregados, e um aumento 11,1%, equivalente a 738 pessoas”, explica o documento.
Já no que respeita à divisão por género o INE registou resultados díspares entre homens e mulheres. O relatório do Instituto Nacional de Estatística mostra que “o número de homens no desemprego diminui em 3.109 pessoas face a 2018, situando-se em 12.599 pessoas” e, em sentido contrário, regista um aumento de mulheres em situação de desemprego. Nos primeiros seis meses de 2019 havia mais 923 do que no mesmo período de 2018.
No total o número de mulheres no desemprego passou de “11.320 em 2018 para 12.244 mulheres desempregadas no primeiro semestre de 2019”.
Já no que respeita ao desemprego jovem o INE regista que “é de realçar uma diminuição da população desempregada nos jovens e da taxa de desemprego jovem. Na faixa etária de 15-24 anos o número de desempregados diminui de 8.967 em 2018 para 8.395 no primeiro semestre de 2019 (572 jovens desempregados). Na faixa de 25-34 anos diminui de 11.727 em 2018 para 8.560 no primeiro semestre de 2019 (menos 3.167 pessoas)”.
O relatório hoje divulgado vem confirmar os dados já revelados no início do ano, pelo INE, aprofundando porém as informações então dadas.