Cabo Verde Airlines suspende todos os voos

PorExpresso das Ilhas,17 mar 2020 15:46

A partir de amanhã e pelo menos durante 30 dias, todas as actividades de transportes da Cabo Verde Airlines serão suspensas. A interrupção é avançada pela própria companhia e surge após as interdições às ligações aéreas hoje anunciadas pelo governo.

“A Cabo Verde Airlines informa que, face à situação referida, e tendo em conta a acção do Governo de Cabo Verde de encerrar as fronteiras do país, irá suspender temporariamente todas as suas actividades de transporte a partir de 18-03-2020 por um período de, pelo menos, 30 dias”, lê-se no comunicado enviado às redacções.

A companhia aérea avalia as circunstâncias desencadeadas pelo Covid-19 de “sem precedentes”, considerando que as mesmas “representam uma ameaça existencial não apenas para a indústria da aviação e do turismo, mas de maneira geral para a economia e para a conectividade social.”

No caso específico da aviação, as restrições e proibições temporárias de viagens foram já impostas em mais de 150 países, o que obrigou companhias aéreas a suspenderem as suas actividades.

A CVA, como relembra o comunicado, já tinha suspendido os voos para Roma e Milão, na sequência da interdição anteriormente imposta pelo Governo de Cabo Verde.

Posteriormente, a Cabo Verde Airlines já tinha suspendido voos para Washington, D. C. (EUA)Porto Alegre (Brasil)Lagos (Nigéria), uma interrupção explicada pela implicação do coronavírus na procura.

Hoje, o governo anunciou a interdição, a partir de dia 18 de Março, de todas as ligações aéreas com Portugal e todos os países europeus assinalados com Covid-19, bem como para os Estados Unidos da América, Brasil, Senegal e Nigéria.

Assim, a companhia cancela agora as rotas de Boston (EUA), Lisboa (Portugal), Paris (França), Dakar (Senegal), Fortaleza e Recife (Brasil).

A CVA garante que está a tentar dar resposta ao elevado número de pedidos de informação por parte dos clientes, e lamenta o “o inconveniente causado a todos os passageiros”.

Entretanto, “a companhia continua em conversações com os principais accionistas e autoridades locais para avaliar se é necessário manter voos especiais, humanitários, de repatriação ou carga, de forma a garantir que o arquipélago não fique isolado e que os bens essenciais, como medicamentos, podem ser fornecidos”, sublinha, no comunicado.

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Autoria:Expresso das Ilhas,17 mar 2020 15:46

Editado porSara Almeida  em  15 dez 2020 23:21

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