Segundo o FMI depois de uma quebra de 14,8% em 2020 a economia nacional deverá começar a dar sinais de retoma já este ano.
O World Economic Outlook, hoje publicado, aponta para um crescimento de 4% ainda em 2021 e de 6,5% em 2022. O ritmo de crescimento deverá manter-se, segundo aquela instituição, até 2026 ano em que o FMI prevê que o PIB nacional cresça 6,2%.
Quanto à evolução dos preços, o FMI prevê que a taxa de inflação atinja 1,5% em 2021 e que em 2022 esta evolua para 1,6%.
O relatório do FMI dá conta igualmente da evolução da conta corrente de Cabo Verde. Segundo aquele documento é de esperar que este ponto continue a evoluir negativamente embora com alguns sinais de recuperação. O Outlook dá conta que após uma queda de 15,9% em 2020 e de uma projecção de evolução negativa de 13,2% em 2021 a conta corrente de Cabo Verde continue a estar no vermelho em 2022 (-8,7%). A chegada a valores próximos de 0 só deverá acontecer em 2026, altura em que o FMI projecta que a conta corrente de Cabo Verde esteja em -2,8%.
Cabo Verde insere-se no no conjunto de países africanos lusófonos que regressam ao crescimento positivo já este ano. A única excepção é Angola que, segundo o FMI, deverá terminar 2021 ainda em recessão com um crescimento negativo de 0,7%. Guiné Equatorial (4,1%), Guiné-Bissau (3,3%), Moçambique (2,5%) e São Tomé e Príncipe (2,1%) deverão ver as suas economias crescer ainda este ano com previsão de crescimento continuado em 2022.
O FMI reviu, no entanto, os valores do crescimento da economia mundial. Segundo o World Economic Outlook foi feita uma revisão em baixa destas previsões relativamente ao documento anterior publicado em Julho. Assim, a economia mundial deverá crescer 5,9% e não 6% como previa o anterior relatório do FMI.
Para 2022, a previsão de Julho mantém-se inalterada, mas face às previsões de Abril representa uma subida de 0,9 pontos percentuais.