As metas foram apresentadas esta quinta-feira, 8, durante a Assembleia Geral das quatro empresas do sector eléctrico realizada em formato híbrido, com sessões presenciais nas cidades da Praia e do Mindelo e participação online, conforme um comunicado.
No domínio das energias renováveis, o ONSEC prevê atingir uma taxa de penetração de 21,6% em 2025, com destaque para a energia eólica na ilha de Santiago (38,5%) e solar na ilha do Sal (36,1%).
Estão ainda previstos novos projectos de energia solar fotovoltaica nas ilhas de Santo Antão, São Nicolau, Fogo, Maio e Brava, o que permitirá a cobertura renovável em todas as ilhas do país.
A EPEC planeia investir 1,13 milhões de contos a nível nacional, com especial destaque para a construção de uma nova central a diesel de 15,2 MW na ilha do Sal.
Este projecto com um custo total de 30 milhões de euros, será financiado pelo Governo e pela Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD), segundo o comunicado.
Por sua vez, a EDEC estima vender 337,7 GWh de electricidade em 2025, o que representa receitas de cerca de 10,8 milhões de contos.
Para aumentar a eficiência, a empresa irá investir 1,4 milhões de contos na modernização das redes eléctricas, com foco na redução de perdas, que ainda são elevadas.
As previsões apontam para perdas globais de 22,3%, sendo Santiago a ilha mais afectada, com 31,4%. Para combater este problema, será lançado um programa específico para a ilha, com um orçamento de 71.360 contos.
No sector da água, a ELECTRA irá implementar um programa emergencial nas ilhas de Santiago, São Vicente e Sal, com um financiamento superior a 1 milhão de contos.
Este inclui uma componente para redução de perdas de água em São Vicente e Sal, assim como o aumento de 7,5% na produção e de 10% nas vendas de água em 2025.
A empresa também se compromete a reduzir em 2,5 pontos percentuais as perdas de distribuição de água, por meio de investimentos em infraestruturas e tecnologia.
Em termos financeiros, o ONSEC prevê um excedente corrente de 5.890 contos e a EPEC de 217.250 contos. Já a EDEC antecipa um défice corrente de 583.540 contos, enquanto a ELECTRA deverá registar um défice de 30.793 contos.