As medidas foram hoje anunciadas pelo PCA da EPEC, Luís Teixeira, durante uma conferência de imprensa na sequência das avarias registadas desde 1 de Setembro, que têm provocado cortes programados de energia na ilha.
“O Conselho de Administração tomou a decisão de reforçar a capacidade na Central de Produção de Palmarejo através de aluguer de potência adicional, garantindo maior segurança e prevenção de futuras paragens por avaria ou manutenção. O contrato já foi adjudicado e os grupos encontram-se em processo de logística para chegar ao país brevemente”, explicou Luís Teixeira.
No que toca às compensações aos clientes da EDEC em Santiago, Teixeira anunciou a aplicação de um desconto de 20% nas facturas.
“Vamos fazer uma aplicação de um desconto nas faturas de electricidade, dividido em dois meses consecutivos, 10% na factura de Outubro e 10% na factura de Novembro, a todos os clientes com contadores pós-pagos. Entretanto, para os clientes com contadores pré-pagos, o desconto será feito nas duas próximas compras de electricidade”, garantiu.
O responsável avançou ainda que será criada uma equipa especial para avaliação rápida de reclamações por danos em equipamentos eléctricos, com um prazo máximo de uma semana para resposta a cada processo.
“Queremos dar uma atenção especial aos nossos clientes. Por isso anunciamos duas medidas viradas directamente para eles. Uma compensação financeira e um mecanismo ágil de resposta às reclamações”, acrescentou.
Luís Teixeira referiu que não houve cortes de energia nem no sábado e nem no domingo devido a melhoria no programa de cortes, que passou a ser mais equilibrado e com períodos mais curtos, além de uma maior contribuição da energia eólica “que surpreendentemente registou uma boa penetração nestes dias. Essa combinação permitiu que, durante o fim de semana, não tivéssemos cortes”, salientou.
Questionado sobre o calendário de normalização da situação, o PCA explicou que não é possível avançar datas concretas para a chegada dos grupos contentorizados.
“Estamos a falar de equipamentos que vêm do estrangeiro, em contentores, sujeitos a várias regras de transporte e logística que não controlamos. A nossa prioridade é encurtar ao máximo esse período, para que os grupos cheguem e possam reforçar a central”, disse, assegurando que, entretanto, a empresa continuará a recorrer a cortes programados quando necessário.
Actualmente, a Central do Palmarejo opera com três grupos geradores, quando o ideal nesta altura do ano seria pelo menos quatro.
“Estamos a trabalhar para repor a normalização. A normalização, nesta época, exige pelo menos quatro grupos. Já temos contratos adjudicados para reparar os que ainda estão fora de serviço, mas, até lá, contamos com o aluguer de potência para garantir maior fiabilidade ao sistema”, reiterou.