O Presidente da República considera que este OE revela uma consciência do estado social do País e algum esforço para corrigir distorções sociais e regionais, o que ”merece o seu aplauso”.
As transferências directas para os municípios, através dos fundos do Financiamento Municipal, Ambiente, Turismo e Fundo de Manutenção Rodoviária, bem como a actualização salarial dos pensionistas são algumas das medidas que constam no documento e que, segundo o chefe de Estado, revelam um "cuidado do Governo" que classifica de "encorajador".
Jorge Carlos Fonseca exorta ao Governo e ao parlamento “a irem mais além aplicando, por um lado, os critérios utilizados para a fixação do aumento das pensões, também, na revisão salarial do pessoal no activo e, por outro, os utilizados nas transferências directas para os municípios nos programas de investimentos públicos”.
O Presidente da República elogia também os programas de inserção e de formação profissional previstos no orçamento, porém, chama a atenção “para a necessidade de se introduzir alguns acertos de forma a permitir que os jovens das ilhas e concelhos periféricos tenham igual acesso não, necessariamente, em quantidade, mas em qualidade”.
O Presidente da República destaca o investimento nas TIC´s mas pede que “no próximo orçamento, se faça um esforço suplementar para se acabar com zonas sombras onde não se capta nenhum sinal de rádio, de televisão e de Internet”.
No que respeita à agricultura, Jorge Carlos Fonseca enaltece a decisão de isentar empresas que pretendem investir na dessalinização da água para práticas agrícolas, bem como o valor destinado a criação de oportunidades socioeconómicas no meio rural.
O Presidente da República chama, contudo, a atenção para a exploração do potencial para o desenvolvimento da aquacultura nas comunidades do litoral, enquanto alternativa à agricultura de sequeiro e a criação de gado.
A proposta de lei do Orçamento do Estado para 2019 foi aprovada a 14 de Dezembro, com 36 votos a favor dos deputados do Movimento para a Democracia (MpD), partido que apoia o Governo, e dois deputados da União Cabo-verdiana Independente e Democrática (UCID). Houve 25 votos contra do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV).