Em causa o facto de, seis dias depois do início da selagem dos alambiques, a IGAE ter encontrado, em Santa Catarina, cerca de 1.800 litros de matéria em fermentação e vários alambiques quentes, “dando sinal de destilação, sobretudo à noite, para fugirem das autoridades de fiscalização”.
No município de Ribeira Grande de Santiago, a instituição fiscalizadora afirma que já foram encontrados e destruídos cerca de 6.000 litros de matéria em fermentação composta por açúcar e recalda.
Além dessas infracções, a IGAE denuncia que pessoas particulares vêm dificultando o serviço de fiscalização, esvaziando rodas das viaturas e cortando caminho com pedras para impedir passagem das viaturas de inspecção.
A IGAE aproveita para alertar que os produtores apanhados a produzir aguardente que não deriva de cana-de-açúcar, e sem autorização que prorroga o prazo de produção, concedida pela Direcção Nacional da Indústria, incorrem a uma coima de mil contos e perda de licença industrial.
Recorde-se que a Inspecção Geral das Actividades Económicas (IGAE), em colaboração com os seus parceiros, iniciou a 1 de Junho a selagem dos alambiques em todas as unidades de produção de grogue do país.
Em caso de necessidade de prorrogação do prazo de industrialização, a Inspecção Geral das Actividades Económicas informa que os produtores devem requerer à Direcção Nacional da Indústria o pedido devidamente fundamentado, quantificando a matéria-prima, a capacidade da fábrica e os dias necessários para a produção do grogue.