​PAICV denuncia “situação degradante” dos bombeiros municipais

PorFretson Rocha, Rádio Morabeza,7 ago 2019 14:21

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Comando Bombeiros Municipais de São Vicente
Comando Bombeiros Municipais de São Vicente(Rádio Morabeza)

O PAICV em São Vicente classifica de degradante a situação da corporação de bombeiros da ilha. Em causa a insuficiência de pessoal, falta de equipamentos e meios de mobilidade obsoletos, denunciou hoje em o partido. Comandante da força confirma carências.

A nível de pessoal, por exemplo, o comando possui 11 efectivos, divididos em quatro turnos, sendo três de três e um de dois bombeiros. A denúncia foi feita esta manhã, em conferência de imprensa pelo Presidente da Comissão Política do partido, Alcides Graça.

“A situação em que os bombeiros vivem em São Vicente é degradante, não dignifica nem a corporação nem o município. Temos um quadro crítico em que há uma grande insuficiência de efectivos, falta de equipamentos, carros obsoletos, combustível racionalizada. É razão para dizer que nessas condições, por mais que os bombeiros queiram fazer, é um facto que a corporação não tem capacidade de resposta às necessidades da ilha”, denuncia.

“Não foi com surpresa que se verificou, mais uma vez, que a corporação não conseguiu responder a um pedido de auxílio de um munícipe para combater um incêndio de pequena dimensão na sua residência, a menos de 200 metros do quartel dos bombeiros”, diz.

Para o PAICV, São Vicente não está em condições de enfrentar acidentes ou catástrofes naturais. Alcides Graça entende que se trata de uma prioridade.

“Uma ilha com mais de 80 mil pessoas não pode ter uma corporação de bombeiros com 11 bombeiros profissionais. Temos uma média de um bombeiro por cada 7 mil habitantes. Não é por falta de recursos que os bombeiros estão nessa situação. Uma Câmara que se dá ao luxo de guardar 200 mil contos para executar obras eleitoralistas em 2020 é porque não tem falta de dinheiro”, entende.

A situação em que se encontra a corporação dos bombeiros municipais foi confirmada hoje, à Rádio Morabeza, pelo Comandante dos Bombeiros. Jorge Leite explica que é preciso recrutar mais 13 bombeiros profissionais para ter, no mínimo, seis elementos por cada turno.

“Neste momento a situação, a nível de pessoal, é preocupante, porque 11 profissionais não são suficientes. Deveríamos ter no mínimo 24 [bombeiros], divididos em quatro turnos, além do reforço de voluntários. Para mim este é o mínimo – seis profissionais por cada turno. Neste momento, se tivermos duas emergências ao mesmo tempo, uma vai ter que esperar”, lamenta.

O comandante dos bombeiros garante que a corporação está minimamente preparada para das respostas a possíveis solicitações que possam surgir, apesar de alguma dificuldade de viaturas, tendo em conta a sua antiguidade.

Jorge Leite espera que a situação seja resolvida e garante que a Câmara Municipal está a par dos problemas.

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Autoria:Fretson Rocha, Rádio Morabeza,7 ago 2019 14:21

Editado porNuno Andrade Ferreira  em  2 mai 2020 23:20

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