Arnaldo Silva considera que processo de que é alvo pretende atingir o Primeiro-Ministro

PorExpresso das Ilhas,11 set 2019 11:09

Arnaldo Silva à RTP
Arnaldo Silva à RTP

O ex-bastonário da Ordem dos Advogados, Arnaldo Silva, considera que a acusação de que é alvo está baseada em "factos vagos, genéricos e abstractos". O advogado acredita que o propósito é atingir o actual Primeiro-Ministro, antigo presidente da Câmara Municipal da Praia (CMP). Declarações proferidas à RTP África.

Ao canal português, o advogado refere que o único facto novo mencionado pelo Ministério Público é um alegado memorando que teria sido assinado em 2014, relativo ao negócio de venda de um terreno. Esse acordo teria sido considerado fraudolento pelo Ministério Público.

"Nós estamos perante acusações ou imputações de factos vagos, genéricos e abstractos. Nós não sabemos quem é que falsificou. Não sabemos quem é que recebeu quantias para adulterar aquilo que eles chamam de folhas de matriz. Nós não sabemos quem é o conservador ou notário que terá recebido, como eles dizem, uma boa quantia. Nós não sabemos quem são as pessoas na Câmara que terão feito a falsificação que eles evocam. Por uma razão muito simples: é o próprio mandato que diz 'pessoas por identificar'”, declara à RTP África.

Na entrevista, o advogado Arnaldo Silva diz que o processo visa atingir o Primeiro-Ministro, Ulisses Correia e Silva, à data presidente da CMP.

“Obviamente que se quer atingir o Primeiro-Ministro, que se quer atingir a CMP, de forma clara e evidente. Nós não somos assim tão ingénuos”, assegurou.

Arnaldo Silva impedido de sair do país e de contactar com demais envolvidos no processo

O advogado Arnaldo Silva, detido quarta-feira pela Polícia Judiciária, na cidade da Praia, fica em termo de identidade e residência, está proibido de sair do país e impossibilitado de contactar os demais elementos envolvidos no processo. Informação confirmada pela PJ, ao final da tarde de ontem.

Ao canal de televisão português, o antigo bastonário acusa o Ministério Público de criar um clima de suspeição, numa referência ao comunicado emitido pela Procuradoria Geral da República, na tarde de dia 5.

“Quero aqui dizer de forma clara, veemente que alguém tem de parar o Ministério Público que está, através de um comunicado desta natureza, ainda por cima em relação a um processo em segredo de justiça, a lançar suspeições. Imagina chegar a dizer que há 6 pessoas envolvidas”.

Arnaldo Silva foi detido pela Polícia Judiciária a 4 de Setembro, na cidade da Praia, suspeito de crimes de burla qualificada, falsificação de documentos, organização criminosa, corrupção activa, falsidade informática e lavagem de capitais.

O advogado ficou sob termo de identidade e residência, está proibido de sair do país e impossibilitado de contactar outros 6 suspeitos envolvidos no processo, ainda não identificados. 

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Autoria:Expresso das Ilhas,11 set 2019 11:09

Editado porNuno Andrade Ferreira  em  1 jun 2020 23:21

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