Através de uma publicação na sua página do Facebook, Tânia Romualdo disse que em algumas cidades o uso das máscaras passou a ser obrigatório e que o seu “não uso” é agora ser punível com prisão. Avançou ainda que as autoridades provinciais de Liaoning e Jiangxi, à semelhança de Hubei (onde se encontra a Cidade de Wuhan), decretaram também quarentena global, passando o número de locais em quarentena a ser de mais de 80 cidades em 20 províncias.
Face a essa nova realidade, a diplomata informa que em vários casos o “lockdown” que se aplicava ao campus universitário passou a aplicar-se à residência universitária, ao piso ou, em casos drásticos, ao quarto que ocupam.
“Estamos cientes que não é fácil mas trata-se de medidas absolutamente necessárias no sentido de conter o alastramento e garantir a vossa própria segurança. Apelamos para que, à semelhança do que vêm fazendo de forma exemplar até então, continuem a colaborar com as autoridades sanitárias e os responsáveis dos vossos estabelecimentos de ensino”, lê-se no post.
A mesma fonte comunica ainda que o ministério de Educação da República Popular da China (RPC) anunciou o adiamento da abertura do novo período académico, sem avançar uma data certa para o efeito.
Por isso, prossegue Tânia Romualdo, as autoridades chinesas apelam aos estudantes que se encontrem fora do país para não regressarem enquanto a situação não se normalizar, uma vez que os campus estão em “lockdown” e não terão acesso às residências universitárias.
“Temos conhecimento que muitas universidades optaram por iniciar aulas on-line. Assim, independentemente de se encontrarem na China ou outros países, devem contactar sem demora os vossos respectivos departamentos para estudantes internacionais para se informarem quanto aos aspectos práticos, operacionais e horários (sobretudo aqueles que se encontram em fusos horários diferentes) ”, pediu.
Para os estudantes que manifestaram preocupação com o facto de não poderem renovar seus vistos nos prazos previstos devido à impossibilidade de saírem dos campus universitários, Tânia Romualdo informa que a embaixada já abordou as autoridades chineses sobre este ponto específico.
À vista disso, avisa que cada estudante que se encontrar nesta situação deve contactar o departamento dos estudantes estrangeiros da própria universidade, mantendo a embaixada informada para que se possa fazer o devido acompanhamento.
“Apelamos aos estudantes para que nos casos em que (nas matérias acima referidas ou outras) se confrontarem com dificuldades, contactem o departamento para os estudantes estrangeiros nas respectivas universidades e/ou a Embaixada que tem vindo a intervir junto das autoridades competentes e das universidades para a resolução das dificuldades que vão surgindo”, lê-se.
A província epicentro do coronavírus na China, Hubei, confirmou 242 novas mortes nesta quarta-feira (12). A região registrou 14.840 casos no último dia, sendo que 13.332 foram diagnosticados de forma clínica. Ao todo, apenas na província, são já 48.206 os casos de Covid-19.
As autoridades de saúde chinesas mudaram os critérios de diagnóstico da doença, passando a aceitar relatórios clínicos dos sintomas, não apenas os testes em laboratório, o que fez com que aumentasse o número de casos confirmados. De 2 mil casos por dia, passam a ser confirmadas 3 mil novas infecções por dia.