Carlos Tavares entende que a retirada dos voos internacionais do Cabo Verde Airlines (CVA) não serve os interesses dos passageiros da região, que têm necessidade de viajar para o exterior.
“E não serve porque as viagens vão ficar mais caras, as viagens vão ficar mais complicadas com aumento de transtornos, inconveniências associadas a horas de espera, pernoita e transbordo de cargas, dificulta as exportações e afecta o turismo, e terá implicações na competitividade regional, pois é sabido que no plano de negócios chegar mais depressa e com preço competitivo é o factor de sucesso”, explica.
Carlos Tavares avalia assim que o fim da rota Praia-Lisboa representa um retrocesso.
“Estamos perante uma machadada no processo de desenvolvimento de Santiago, num caminho claro de desconstrução de Santiago, que vem sendo operado por esta maioria. Entendemos que para além daquilo que é o hub, tem de se prever a existência de voos directos para os destinos mais importantes para os passageiros com origem e destino em Cabo Verde, como é o caso de Praia, São Vicente e Boa Vista” avança.
O presidente da comissão política regional de Santiago Sul do PAICV comenta que qualquer política transparente deve ter como objectivo central servir as pessoas, facilitando a sua vida e as suas actividades.
Para o partido, o governo lava as mãos e deixa serviços essenciais sujeitos à lógica de mercado. Os voos Praia–Lisboa, através da Cabo Verde Airlines, deixaram de ser directos desde o passado dia 04 de Fevereiro. A companhia justifica que essa decisão assenta no objectivo de dinamizar o ‘hub’ na ilha do Sal.