Estudo aponta que Cabo Verde deve ter tratamento diferenciado na CEDEAO

PorAilson Martins, Rádio Morabeza,10 mar 2021 12:44

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Ulisses Correia e Silva, Rui Figueiredo
Ulisses Correia e Silva, Rui Figueiredo Rádio Morabeza

O estudo sobre Atendimento das Especificidades de Cabo Verde na CEDEAO foi apresentado esta manhã, na cidade da Praia. O Ministro-adjunto do Primeiro-Ministro e ministro da Integração Regional, em declarações aos Jornalistas, disse que Cabo Verde, não pode ter um tratamento igual aos outros países CEDEAO que são continentais e que, por isso, usufruem de muitas vantagens.

Rui Figueiredo Soares sublinhou que Cabo Verde tem especificidades e vulnerabilidades múltiplas e que, brevemente, será lançada uma brochura que enumera essa realidade.

"Por exemplo, relativamente ao pagamento das taxas comunitárias, Cabo Verde, cuja economia depende grandemente do Turismos e de importações, através deste estudo, nós concluímos que Cabo Verde é dos maiores, se não o maior contribuinte per capita na CEDEAO", exemplificou.

Outras questões que estão também "em cima da mesa" dizem respeito à livre circulação de pessoas e bens,  à taxa comunitária, à tarifa externa comum, entre outras. "O que o estudo recomenda, é que tenhamos em atenção Cabo Verde, as suas especificidades, enquanto pequeno estado insular”, explicou .

Recorda também o primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, que Cabo Verde é o único país arquipelágico da CEDEAO, o que marca a diferença naquilo que são opções de infra-estruturas.

Além disso, "nós temos a problemática da moeda, da tarifa externa comum, o nosso perfil de economia é diferente, somos uma economia de serviços, uma economia baseada no turismo. Muitos dos países do continente têm o perfil de economia diferente, mais virada para as commodaties e para o desenvolvimento das infra-estruturas de apoio a essas actividades. Nós temos uma vasta diáspora Cabo-verdiana, somos com uma economia muito aberta em relação ao resto do mundo... todas essas especificidades devem ser tidas em conta, para que a integração seja também vantajosa para Cabo Verde, e que possamos ter ganhos comuns, e ter uma boa pertença na CEDEAO", apontou o chefe de Governo.

O Estudo sobre o Atendimento das Especificidades de Cabo Verde na CEDEAO, enquanto pequeno Estado insular, teve em conta três cenários: integração total sem qualquer realce para as especificidades, saída de Cabo Verde da Organização e integração atendendo às vulnerabilidades e especificidades do país.

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Autoria:Ailson Martins, Rádio Morabeza,10 mar 2021 12:44

Editado porSara Almeida  em  8 dez 2021 23:21

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