Rui Figueiredo Soares sublinhou que Cabo Verde tem especificidades e vulnerabilidades múltiplas e que, brevemente, será lançada uma brochura que enumera essa realidade.
"Por exemplo, relativamente ao pagamento das taxas comunitárias, Cabo Verde, cuja economia depende grandemente do Turismos e de importações, através deste estudo, nós concluímos que Cabo Verde é dos maiores, se não o maior contribuinte per capita na CEDEAO", exemplificou.
Outras questões que estão também "em cima da mesa" dizem respeito à livre circulação de pessoas e bens, à taxa comunitária, à tarifa externa comum, entre outras. "O que o estudo recomenda, é que tenhamos em atenção Cabo Verde, as suas especificidades, enquanto pequeno estado insular”, explicou .
Recorda também o primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, que Cabo Verde é o único país arquipelágico da CEDEAO, o que marca a diferença naquilo que são opções de infra-estruturas.
Além disso, "nós temos a problemática da moeda, da tarifa externa comum, o nosso perfil de economia é diferente, somos uma economia de serviços, uma economia baseada no turismo. Muitos dos países do continente têm o perfil de economia diferente, mais virada para as commodaties e para o desenvolvimento das infra-estruturas de apoio a essas actividades. Nós temos uma vasta diáspora Cabo-verdiana, somos com uma economia muito aberta em relação ao resto do mundo... todas essas especificidades devem ser tidas em conta, para que a integração seja também vantajosa para Cabo Verde, e que possamos ter ganhos comuns, e ter uma boa pertença na CEDEAO", apontou o chefe de Governo.
O Estudo sobre o Atendimento das Especificidades de Cabo Verde na CEDEAO, enquanto pequeno Estado insular, teve em conta três cenários: integração total sem qualquer realce para as especificidades, saída de Cabo Verde da Organização e integração atendendo às vulnerabilidades e especificidades do país.