Questionado esta segunda-feira o Director Nacional de Saúde respondeu, durante a habitual conferência de imprensa de acompanhamento da pandemia em Cabo Verde, que essa é uma “questão que tem estado a levantar dúvidas”.
Lembrando que a obrigatoriedade de realizar testes rápidos antes das viagens entre as ilhas do país é uma “condição que está na resolução 116/2020 e também na resolução 33/2021” e que essa obrigatoriedade não foi ainda alterada, Jorge Barreto admitiu que brevemente essas resoluções “poderão sofrer alguma alteração, precisamente para contemplar essas situações em relação às viagens”.
Ainda assim, acrescentou, “as vacinas não impedem a pessoa de ter a doença”.
Quase 34% da população vacinada
Ainda na conferência de imprensa Jorge Barreto apontou que até ao passado domingo, 18, 125.242 pessoas tinham recebido pelo menos uma dose da vacina, 33,8% da população adulta. Desses, apenas 16.148 estão completamente vacinadas, ou seja, 4,4% da população adulta.
Paul tem 11,2% da população adulta completamente vacinada; seguido de Tarrafal de São Nicolau com 11%; Ribeira Brava 10,6%, R.G de Santo Antão 10,3% e Maio 7,2%.
Em termos dos grupos prioritários, 40.656 pessoas com 60 ou mais idade já foram vacinadas (81% desse grupo); 10.297 doentes crónicos (42%); 4.112 pessoas que trabalham ligadas ao turismo (36,5%); 1.268 pessoas que trabalham nos aeroportos e portos (84,5%); 5.588 professores e pessoas de apoio às escolas (55,8%); 1.406 policias (20%); 1.128 militares (45%); 26.419 jovens e adultos com idade entre 18 e 39 anos (12%).
Nova vacina a caminho?
A Agência Europeia do Medicamento (EMA, na sigla em inglês) anunciou, esta terça-feira, que iniciou o processo de avaliação contínua de uma vacina contra a covid-19 desenvolvida pelo laboratório francês Sanofi Pasteur.
“O Comité de Medicamentos para uso Humano da EMA deu início à revisão contínua da Vidprevtyn, uma vacina covid-19 desenvolvida pela Sanofi Pasteur”, adiantou o regulador europeu em comunicado.
A revisão contínua é uma ferramenta regulatória que a EMA usa para acelerar a avaliação de um medicamento promissor durante uma emergência de saúde pública, como é o caso da pandemia de covid-19, tendo sido utilizado para as quatro vacinas já aprovadas.
Segundo a agência responsável pela aprovação de medicamentos na União Europeia, a decisão de avançar com a revisão contínua do fármaco é baseada em resultados preliminares de estudos laboratoriais (dados não clínicos) e clínicos em adultos, que sugerem que a Vidprevtyn “desencadeia a produção de anticorpos que têm como alvo o SARS-CoV-2, o vírus que causa covid-19 e pode ajudar a proteger contra a doença”.
“A EMA avaliará os dados à medida que estiverem disponíveis para decidir se os benefícios [desta vacina] superam os riscos”, através de uma análise em conformidade com os padrões adoptados na União Europeia para a eficácia, segurança e qualidade de medicamentos, assegurou.
Sem adiantar prazos para uma eventual `luz verde´ à Vidprevtyn, o regulador europeu adiantou ainda que este processo de avaliação “deve levar menos tempo do que o normal” devido ao trabalho realizado durante a revisão contínua dos dados.
Texto originalmente publicado na edição impressa do Expresso das Ilhas nº 1025 de 21 de Julho de 2021.