A deputada diz que as salas de aulas estão impreparadas e em obras e que houve alteração do plano curricular sem o envolvimento dos professores.
“Os professores tomam conhecimento de supressão de 2 disciplinas no ensino secundário, no 9º ano (FPS- formação pessoal e social e DSE- desenvolvimento económico e social ) e de introdução de novas disciplinas através dos horários que receberam. Sem conteúdos, nem manuais, nem fichas, muda-se de programa educativo, e até à semana passada os professores não tinham conhecimento, nem tão pouco acesso, ao novo programa… disciplinas antes opcionais, como TIC (Tecnologia de Informação e Comunicação) e Desenho passam a ser obrigatórias no 9º ano, sem conhecimento dos docentes”, explica.
Ana Paula Moeda avança ainda que existe um autêntico descaso e vazio de informação privilegiada aos docentes.
A secretária-geral adjunta do PAICV diz que os professores confrontam-se ainda com sérios problemas de carreira.
“Professores sentem-se injustiçados, temos mais de 700 professores nessa situação, uma espera inquietante. Congelamento de salários dos professores nos últimos cinco anos, os Professores progrediram na carreira até 2014, portanto, suas carreiras ficaram estagnadas desde a aprovação do Estatuto da Carreia do Pessoal Docente. A partir daí o actual Governo não regulamentou nem colocou nenhum centavo nos sucessivos Orçamentos de Estado apresentados à Assembleia Nacional, para evolução da carreira dos docentes; cuidou-se sim, de alguns dos atrasados que deveriam ficar resolvidos em 2016. Lamentável!”, critica.
O PAICV exorta o ministro da Educação a procurar soluções capazes de assegurar que os direitos laborais são protegidos e reforçados, o que exige, conforme o partido, o aprofundamento do debate com todos os actores do sistema educativo.