As aulas decorrem desde 1 de Outubro em todo o país, excepto na Praia, considerado principal foco da epidemia no arquipélago.
“Estamos a trabalhar na procura de soluções que nos permite a 2 de Novembro ter cenários alternativos, que serão previamente partilhados com as Associações de Pais e Encarregados de Educação, docentes e autoridades de saúde aqui no concelho da Praia. Neste momento é crucial a flexibilidade, o seguimento e a avaliação constante, por isso temos que continuar a trabalhar para que a educação continue a ser inclusiva e de qualidade”, sublinha.
A governante destaca o trabalho feito para assegurar o cumprimento das normas de biossegurança nos estabelecimentos de ensino.
“É o resultado deste trabalho que garante a frequência dos alunos nas escolas em segurança dentro das salas e em todo o recinto escolar. Destaco ainda a esse respeito a colaboração dos serviços de saúde na inspecção dos espaços para certificar que as normas sanitárias exigidas estão são cumpridas”, refere.
Por seu lado, o deputado do PAICV, José Sanches, sublinha que a actuação do Ministério da Educação deve ser proactiva e aponta para algum “amadorismo” no arranque do ano lectivo.
“É pouco tolerável que as escolas arranquem o ano lectivo sem o certificado sanitário como aconteceu com o Liceu Amílcar Cabral, Polo 2 de Assomada. É pouco compreensível que ainda tenhamos escolas sem os certificados sanitários, é estranho ainda o que aconteceu na Escola Secundária da Boa Vista, na Escola Secundária Teixeira de Sousa no Fogo e agora numa escola secundária em São Vicente”,afirma.
“Era dever do ministério precaver o arranque do ano lectivo, depois da avaliação sanitária. Sabemos que existem escolas reprovadas na avaliação e que estão a funcionar, isso é preocupante”, garante.
Em resposta, a deputada do MpD, Celeste Fonseca, assegura que tudo tem sido feito para garantir as condições de segurança sanitária à comunidade educativa.
“Começamos pela capacitação dos professores que visa o saber lidar com o novo contexto sanitário, elaboração e implementação de um plano em cada delegação do ministério da Educação visando a reorganização das escolas, das salas de aulas, dos horários, entre outras medidas. Temos que ter confiança”, diz.
Do lado da UCID, a deputada Dora Pires questiona aquilo que considera ser “algum” atraso na preparação do arranque do ano lectivo e defende que é urgente garantir que este decorrerá dentro da normalidade possível.
A UCID entende que os professores deveriam ter feito o teste de despiste à covid-19, antes do início das aulas.
A questão do encerramento das escolas com surgimento de casos positivos para o novo coronavírus é outra questão que, segundo o partido, deve ser melhor analisada.
A primeira sessão do Ano Parlamentar, a última desta IX Legislatura, arrancou hoje e decorre até sexta-feira.
Para além dos debates sobre a Educação e sobre os Transportes e seus impactos no desenvolvimento económico e social do País, os eleitos deputados vão analisar na generalidade, o Projecto de Lei sobre crimes de agressão, abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes, entre outros diplomas.