Em conferência de imprensa proferida em São Vicente, o presidente dos democratas cristãos disse que não entende as razões para “a demora” na convocação dos partidos com representação na Câmara Municipal para o primeiro encontro para preparar o inicio da gestão politica camarária.
“A UCID quer exigir rapidamente a instalação dos vereadores na Câmara Municipal para se iniciar o trabalho normal na autarquia, e para que a Câmara saia da ilegalidade que neste momento está a cometer. Temos visto o presidente e alguns vereadores que estão na câmara a funcionar, e não se entende porque é que esses vereadores podem estar a trabalhar e os outros, nomeadamente os da UCID, ainda não”, diz.
António Monteiro entende que “o compasso de espera” poderá ter outras motivações que preocupam o seu partido, que elegeu três vereadores nas últimas eleições autárquicas.
“Refiro-me a várias motivações. A UCID fez várias denúncias sobre a gestão da câmara que, nós entendemos, não estava a ser feita da melhor forma. Este compasso de espera, impedindo que os vereadores da UCID estejam na câmara para analisar, deixa transparecer que haverá alguma preocupação em fazer desaparecer ou queimar algum arquivo”, especula.
O presidente da UCID refere que o seu partido telefonou a 23 de Novembro para o gabinete do presidente da Câmara Municipal para saber quando é que os autarcas começariam a trabalhar, mas que terá sido informado que a edilidade entraria em contacto três dias depois, o que não terá acontecido.
António Monteiro pede a intervenção do Governo no processo.
“Pedimos ao Governo, na pessoa do ministro da tutela, para interceder e fazer retomar a normalidade da gestão da câmara”, solicita.
Na mesma conferência de imprensa, Monteiro voltou a reafirmar a intenção de impugnar a posse de Augusto Neves como presidente da edilidade mindelense. Quanto à possibilidade de assumir a tempo inteiro o cargo de vereador, António Monteiro reafirma que todas as hipóteses estão em cima da mesa.
O MpD venceu as eleições de 25 de Outubro, em São Vicente, mas sem maioria absoluta. Na Câmara, conseguiu quatro mandatos. A UCID elegeu três e o PAICV dois.