A garantia foi dada esta sexta-feira, em São Vicente, pelo ministro da Educação, Amadeu Cruz, apontando que “está a decorrer um processo disciplinar de averiguação”.
“De acordo com as denúncias feitas, mandámos instaurar o processo disciplinar de averiguação, em primeiro lugar, e o professor foi suspenso de funções imediatamente. Esta é a primeira medida. O Ministério da Educação não tolera, não pode tolerar e tem que ser solidário com os jovens, adolescentes e com os familiares”, sublinhou.
A agressão terá acontecido, alegadamente, na última quarta-feira.
Segundo a tutela da pasta da Educação, o processo disciplinar vai determinar os factos e, em função destes, caso for comprovada a acusação, “o professor poderá ser expulso”.
Amadeu Cruz recordou que, a nível nacional, as escolas estão preparadas para responder e combater este tipo de situações.
“De facto, temos esta política de acompanhamento, de sinalização dos casos e uma acção imediata para conter essas práticas em todo o território nacional. As escolas têm um gabinete de apoio psicossocial. Em todas as circunstâncias, os alunos podem ser atendidos nas escolas, em segundo lugar, os alunos podem directamente, através dos familiares, apresentar denúncias anónimas junto da direcção das escolas, das autoridades policiais ou do ICCA que também é autoridade competente nesta matéria”, referiu.
Direcção Escola
O director da Escola Secundária Jorge Barbosa pede “mais contenção” no julgamento e recorda que “ainda não há condenações”.
Aricson Delgado, em declarações à Inforpress, afirmou que foi o docente em causa que contactou a direcção da escola para “denunciar o facto”.
“O que peço e solicito agora à sociedade cabo-verdiana, no geral, e aos mindelenses, em específico, é que tenham alguma contenção e moderação ao apontar o dedo, uma vez que o processo já está sob averiguação das autoridades competentes, neste caso, as judiciais”, sublinhou, acrescentando que o suposto agressor “ainda não é arguido e nem tão pouco réu”.
A direcção da Escola Secundária Jorge Barbosa indica que, desde que tomou conhecimento do ocorrido, “já ouviu todas as partes, incluindo o professor, a aluna e os seus pais, outros alunos da turma, para além de funcionários”.