O secretário-permanente do Sindicato dos Trabalhadores da Função Pública (SINTAP), Luís Fortes, considera que o espaço não é suficiente para o funcionamento pleno.
“Estamos aqui apertados porque estamos num apartamento T3 e somos quatro sindicatos. Temos de dividir algumas salas, temos uma secretaria que está num espaço que é uma cozinha. É claro que o espaço não é suficiente. Temos uma sala de reunião, mas se precisarmos fazer uma reunião com mais de 10 pessoas teremos de alugar uma sala. Mas a nossa vontade é trabalhar, temos responsabilidades com processos, então temos de encontrar soluções”, diz.
A instalação acontece no momento em que a União dos Sindicatos de São Vicente aguarda o desfecho de dois processos interpostos no Tribunal da Relação de Barlavento: um que contesta a decisão do tribunal de primeira instância em termos de restituição do prédio, e outro que contesta a ordem de despejo.
Luís Fortes explica que até este momento a USV não conseguiu reaver todos os seus equipamentos, assim como parte dos processos dos trabalhadores que continuam no edifício em Alto São Nicolau, tomado pela UNTC-CS.
“Este processo não tem sido fácil porque os nossos equipamentos ficaram na sede da USV em São Vicente. Nós não conseguimos tirar os nossos materiais, então estamos aqui a ter solidariedade de alguns colegas e instituições em termos de equipamentos para podermos funcionar com alguma normalidade”, aponta.
Recorda-se que no dia 8 de Abril as portas foram arrombadas na sede da União dos Sindicatos de São Vicente, para que os oficiais de justiça pudessem cumprir um mandado de despejo emitido pelo tribunal, na sequência de um processo intentado pela Secretária-Geral da UNTC-CS, Joaquina Almeida.
Para a União dos Sindicatos de São Vicente a secretária-geral da UNTC-CS, central sindical da qual faz parte, tomou o prédio por perseguição e vingança, apesar de os sindicatos de São Vicente terem ocupado o edifício há mais de 40 anos, antes da própria criação da União Nacional dos Trabalhadores de Cabo Verde.