Luís Teixeira diz que a ELECTRA terminou o ano passado com uma perda de 25.5% na energia eléctrica, especificando que a ilha Santiago é aquela que maior perda tem, com 34%.
“Temos ilhas como o Sal que tem perdas inferiores a 10%, São Vicente com 12%. Temos ilhas em que há perda, [mas] está mais ou menos controlado. A nível nacional, o que conta é a média nacional, estamos a perder, todos os anos, 2,8 milhões de contos. É muito dinheiro", refere.
"Não vamos conseguir garantir a sustentabilidade do sector com este nível de perdas e também os consumidores não vão aguentar, porque isso acaba por entrar na tarifa", alerta.
Questionado sobre se é legal os clientes pagarem pelas perdas de energia eléctrica, o PCA da Electra responde que "sim", admitindo que o problema é Cabo Verde é que "as perdas são altas".
"Qualquer sistema eléctrico tem perdas técnicas, sete, oito por cento, [que] são incorporadas na factura. Só que aqui, além da parte técnica, temos as perdas não técnicas, que derivam do roubo de energia, que são mais de 20%", explica.
Através do encontro com D. Arlindo Furtado, a administração da ELECTRA quis pedir o apoio da igreja católica na transmissão de boas práticas na luta contra o roubo de energia.