“O nível de sensibilidade é alto, até porque nós andamos a subsidiar desde praticamente o início da pandemia. Isso envolveu mais de 176 mil contos de subsídios aos cereais. Agora, durante a fase mais inflacionista, provocada pela guerra na Ucrânia, continuamos a subsidiar, não só o trigo, mas um conjunto de outros produtos. Vamos fazer uma avaliação ainda amanhã sobre a situação e tomar a melhor decisão”, explica.
Ulisses Correia e Silva afirma que a “subsidiação do trigo” é uma possibilidade que estará sempre "em cima da mesa".
Relativamente ao aumento do preço do pão, o governo diz que é preciso criar condições para que haja melhor sentido de regulação entre o produtor e o consumidor.
"O pão não é um produto tabelado, nós temos que criar as condições, de facto, para que haja depois um melhor sentido, na regulação entre o consumidor e o produtor, relativamente às regras do mercado. Sabemos que há implicações no aumento das matérias-primas, mas há comportamento, às vezes, de antecipação dos efeitos e fazer aumento de produtos, não só em relação ao pão, mas relativamente a outros”, avança.
Um saco de farinha de 25 quilos de primeira passou nos últimos dias de 2.090 escudos para 4.600 escudos, correspondendo a um aumento de 60%. Um pão de 15$00 passou a ser vendido por 28$00 a 30$00, em muitas padarias.