Ulisses Correia e Silva, após a reunião, disse que foi consensual que não há condições para aumentos salarias e actualização das pensões, mas garantiu que o governo vai continuar com as medidas de mitigação da crise.
"As medidas irão continuar a ser implementadas, protegendo as empresas, os rendimentos e particularmente as famílias. Também foi consensual de que não há condições, tendo em conta a conjuntura actual nacional, para actualização salarial e actualização de pensões em 2022", afirmou à saída do encontro.
Ulisses Correia e Silva avançou que em Agosto será feita uma análise com os parceiros sociais para a definição de políticas de rendimentos e preços para o ano 2023, dentro do quadro das directivas do orçamento do Estado para o próximo ano.
"Em função desse debate tomaremos as melhores medidas, quer na actualização salarial, eventual actualização salarial, quer eventual actualização das pensões, quer relativamente a outras políticas de rendimento que não têm a ver com o trabalho - estamos a falar do rendimento social de inclusão social, estamos a falar de pensões do regime não contributivo, estamos a falar de transferências indiretas como a tarifa social de água e energia, a taxa moderadora saúde”, avançou.
As duas centrais sindicais, UNTC-CS e CCSL, concordaram com o governo em como, neste momento, não há condições para aumentos de salários.
Durante o Conselho de Concertação Social foi discutida a situação de emergência económica e social devido à guerra na Ucrânia, bem como as suas implicações no sector energético e combustíveis. Foram analisadas as políticas públicas definidas pelo governo e as implicações do actual momento no sector alimentar. Também foi debatido o Plano de Retoma do Sector Privado e analisada a revisão do Código Laboral.