Segundo José Maria Neves, numa era de “disrupções, imprevisibilidades e caos, as lideranças têm de ser capazes de apreender rapidamente as demandas e as exigências dos ambientes contextuais e articular estratégias para respondê-las com razoável grau de eficácia”. Por isso, afirmou o Presidente da República, a “nível dos governos e das organizações, o papel das lideranças nunca foi tão crucial”.
Para o Presidente da República a inovação é “o principal argumento competitivo e um importante acelerador das transformações” resultantes das “sinergias que são geradas pela evolução do conhecimento”.
No discurso que fez esta quinta-feira, ao final da manhã, no Leadership Summit Cabo Verde, que decorre na Assembleia Nacional, José Maria Neves lembrou que há “novos desafios com enorme potencial disruptivo” que se impõem às sociedades actuais. “É o caso, por exemplo, da inteligência artificial, que vai obrigar-nos a redesenhar os cargos, a redefinir os processos decisórios e a fazer uma autêntica reengenharia da organização do trabalho”, apontou.
Além disso, o Presidente da República defendeu que a evolução da internet das coisas vem abrir “novas perspectivas à nossa relação com o real. E, também, a
tecnologia blockchain que nos obriga a repensar o conceito de confiança
nas relações de mercado”.
Falando especificamente de Cabo Verde, José Maria Neves disse que o país está na altura de “dar o salto, de modernizar o país, de sofisticar a formação das políticas e de acelerar os processos de execução”.
Ainda assim, alertou, isso só será possível “se formos capazes de transformar as vantagens comparativas e fontes de vantagens competitivas. Só com lideranças visionárias, estratégicas, inclusivas e catalisadoras de processos transformacionais poderemos realizar tais desiderandos”.