O sector da educação recebe neste momento 15 a 16% do Orçamento de Estado, mas Abraão Borges quer que esta percentagem seja aumentada para 20%.
"Para que o Estado de Cabo Verde possa conseguir grandes financiamentos a nível mundial, a nível da educação, ele terá que ter 20% do seu Orçamento de Estado para a Educação. Nesse momento, de um estudo que nós fizemos, estamos em volta de 15% a 16%. Nós temos que chegar aos 20%. Temos aqui [no fórum] também parlamentares, temos presidentes de todas as câmaras municipais e vereadores, delegados do Ministério da Educação, professores, investigadores, para que juntos façam com que a Educação seja de fato inclusiva e para todos”, assegura.
O ministro da Educação, Amadeu Cruz, assume o compromisso de elevar paulatinamente o peso relativo do orçamento do Ministério da Educação.
“Temos igualmente que mobilizar financiamentos para a modernização das infra-estruturas educativas, para a transição digital, para o reforço nos programas de acção social escolar e de acção social universitária e bolsas de estudo. Portanto, esperamos, por um lado, o engajamento global das autoridades nacionais no sentido de chegarmos aos 20% do orçamento. Mas, por outro lado, esperamos e lançamos aqui o apelo à comunidade internacional no sentido de nos apoiar, apoiar o governo de Cabo Verde, particularmente em alguns sectores: implementação do Programa Nacional de Modernização das Infra-estruturas Educativas, transição digital na educação e no ensino superior, o reforço dos programas de acção social e do financiamento da ciência e do ensino superior”, apela.
O fórum sobre o Financiamento da Educação é realizado em parceria com a Education Out Loud e a Universidade de Cabo Verde.
O evento irá decorrer entre hoje e amanhã e visa analisar e discutir a optimização do financiamento da educação, recolher subsídios relevantes para o processo da inovação pedagógica e emocional, com apoios da sociedade civil, assim como recolher contribuições para a actualização e inovação das políticas educativas.