Em conferência de imprensa, na Cidade da Praia, o presidente do Sindep, Jorge Cardoso, considerou que a reclassificação dos professores do ensino básico e do ensino secundário, por terem adquirido novas habilitações em 2020, anunciado pelo Ministério da Educação, não passou de uma manobra para ludibriar a classe docente.
“Estamos aqui para confirmar que a greve dos professores, nos dias 22 e 23, terá que acontecer, porque o governo anda a tentar ludibriar a classe docente e os sindicatos. Daí que alertamos a toda a classe docente, para estarem engajados, unidos, fortes e coesos, porque de fato teremos que vencer essa batalha. O Sindep, enquanto organização sindical, representativa da classe, está na disposição de apoiar os professores e toda a classe docente, nessa luta até os últimos resultados”, reiterou.
Segundo o sindicalista, a publicação das reclassificações de 2020, 2021 e 2022, tem que ser efectuada de uma vez e sem “manobras” por parte do Governo. Jorge Cardoso insiste que as reivindicações dos professores são direitos básicos que devem ser assegurados.
“Porque é uma injustiça incrível o que querem fazer com a classe docente. Acham que estão a fazer um favor aos professores, quando é um direito que a classe têm, direito aos subsídios pela não redução da carga horária e por todas as questões apresentadas. Portanto, isso é uma manobra do governo que está a brincar com os professores e já estamos fartos disso, não sou eu, são os professores. Não querem mais ouvir promessas, a hora de fazer é agora. se o governo não recuar e não respeitar os professores vamos paralisar de facto”.
Entre as reivindicações, os professores pedem a conclusão de reclassificações, promoção automática, regularização da atribuição dos subsídios por não redução da carga horária até 2024, melhorar a carreira dos mestres, doutores e professores universitários, regularização da carreira das educadoras de infância, regularização do processo de transição dos professores e revisão do Estatuto da Carreira do Pessoal Docente.