Sindprof rejeita proposta do Governo e propõe aumento gradual para 107 contos

PorSheilla Ribeiro,10 jan 2024 14:11

O Sindicato Democrático dos Professores (Sindprof) voltou hoje a rejeitar a proposta salarial apresentada pelo Governo de 89 mil, de forma faseada. Em contrapartida, o sindicato propôs um aumento salarial de 107 mil escudos de forma faseada, com 16% em 2024, 10% em 2025 e mais 10% em 2026.

Informação avançada à imprensa pela presidente do sindicato, Lígia Herbert, após uma reunião com o ministro da Educação, Amadeu Cruz.

A líder sindical enfatizou que o ponto central da discórdia com o Ministério da Educação é a questão da equiparação e actualização salarial.

Herbert ressaltou que a proposta de 89 mil foi imediatamente repudiada pelo Sindprof, argumentando que esse valor é inadequado.

"Nós voltamos a repisar a questão dos 107.471 escudos e fizemos uma contraproposta, que é do 107.471, ou, quiçá, mais, conforme a lei de base do sistema que virá depois. 2024, 16%, 2025, 10, mais 10, com as devidas promoções que os professores têm direito", afirmou.

A líder sindical também criticou a forma faseada da proposta de aumento salarial, argumentando que 89 mil é um valor reduzido, considerando as responsabilidades e a importância do trabalho dos professores, que a luta não é apenas por questões salariais, mas sim pela dignidade da classe.

"Que não se brinque com os professores. O professor é a dignidade, o professor é mudança na sociedade, o professor é o leme e a costela dorsal de um país", declarou.

Herbert assegurou que a greve por tempo indeterminado permanece, mas ressaltou que nenhum professor é obrigado a aderir.

Por seu turno, o ministro da Educação, Amadeu Cruz, disse estar aberto para o diálogo e a busca por entendimentos que atendam às expectativas dos profissionais da educação.

"Em primeiro lugar, respeitamos a posição de todos os sindicatos, a abertura para o diálogo de todos os sindicatos e há um princípio de que podemos chegar a entendimento com alguns dos sindicatos. Provavelmente não será possível com todos os sindicatos, mas estamos a trabalhar no sentido da criação de bases com os sindicatos para podermos de facto atender as reais e legítimas expectativas dos professores", garantiu.

O governante ressaltou o compromisso em actualizar os salários dos professores segundo as expectativas da categoria, mas também considerando as reais possibilidades do país. Conforme mencionou, o Governo está actualmente trabalhando na revisão do estatuto da carreira docente e na actualização do Plano de Cargos, Carreiras e Salários dos professores.

"O primeiro interessado na valorização e na defesa dos professores é o próprio Ministro da Educação. E, portanto, faremos de tudo para defender os reais interesses. Em função também das disponibilidades do país", assegurou.

Nesse sentido, o ministro abordou as pendências já resolvidas, como a reclassificação dos professores, e destacou os compromissos em andamento, como a transição de professores e a resolução de questões relacionadas aos subsídios.

No entanto, ressaltou a dificuldade de atender à proposta de aumento de 36%, argumentando que o país não tem recursos suficientes para suportar tal impacto orçamental.

"Infelizmente, o país não produz riquezas suficientes para acomodar um aumento salarial desta grandeza. Que tem um impacto orçamental de 2,3 milhões de contos no mínimo", explicou Cruz.

Concorda? Discorda? Dê-nos a sua opinião. Comente ou partilhe este artigo.

Autoria:Sheilla Ribeiro,10 jan 2024 14:11

Editado porSheilla Ribeiro  em  30 abr 2024 23:28

pub.

pub.

pub
pub.

Últimas no site

    Últimas na secção

      Populares na secção

        Populares no site

          pub.