​Trabalhadores da FICASE ameaçam com nova greve para meados de Fevereiro

PorFretson Rocha, Rádio Morabeza,31 jan 2025 11:21

Os trabalhadores da Fundação Cabo-verdiana de Acção Social e Escolar (FICASE) e da Residência Estudantil Leonel Madeira, em São Vicente, ameaçam com nova greve em meados de Fevereiro. Protestam contra o “silêncio e o atraso” na aprovação do PCFR, “que visa repor a justiça laboral”, anunciou hoje o líder do SINTAP.

Em conferência de imprensa proferia em São Vicente, o secretário nacional do Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Pública (SINTAP), Luís Lima Fortes, disse que é preciso repor os direitos laborais dos funcionários.

“Os Colaboradores da FICASE e o SINTAP denunciam a atitude de indiferença e silencio do Conselho Directivo da FICASE e do Ministério da Educação, pois é notória algumas situações de represarias que se configuram a assédio moral. Assim os colaboradores da FICASE e da Residência Estudantil Leonel Madeira não vão baixar os braços perante estas atitudes, pelo que brevemente anunciarão uma nova greve, afim de serem considerados nos seus direitos laborais”, diz.

Na base da paralisação de dois dias, ocorrida em Novembro do ano passado estiveram reivindicações que ainda se mantêm como a aprovação da revisão do estatuto e do PCFR da FICASE, o aumento salarial, a remuneração pelo trabalho de turno e o pagamento de horas extraordinárias aos trabalhadores da Residência Estudantil Leonel Madeira.

Decorridos mais de dois meses, o SINTAP acusa o Conselho Directivo da FICASE de ter apresentado um instrumento de gestão completamente diferente do que foi acordado com os trabalhadores.

“Determinamos que levantaríamos a greve se nos dessem o PCFR final para nós assinarmos. E eles rapidamente enviaram-nos um PCFR totalmente diferente daquele que acordamos e discutimos. Primeiro, a tabela salarial não corresponde a tabela do PCFR actual, entre outras questões de desenvolvimento na carreira que acordamos e que não estão na proposta”, aponta.

O pré-aviso de greve abrange todas as cozinheiras e todos os profissionais da FICASE a nível nacional, assim como os trabalhadores da Residência Estudantil Leonel Madeira, em São Vicente, num total de mais de 700 trabalhadores.

“Vejam que há mais de 4 anos que os trabalhadores da FICASE e da Residência Estudantil Leonel Madeira em São Vicente vêm lutando pelos seus direitos laborais. Mais de 4 anos a exigir a alteração do PCCS porque esta comporta os salários mais baixos da Administração Pública, enquanto que o seu administrador tem um salário de Instituto, ou seja, mais de mais de duzentos contos mensais, sem se importar pelas condições dos restantes trabalhadores”, afirma.

O líder do SINTAP afirma que o ministro da Educação conhece a “situação de injustiça” pela qual passam os trabalhadores da FICASE e das residências estudantis, mas nada faz para resolver o problema.

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Autoria:Fretson Rocha, Rádio Morabeza,31 jan 2025 11:21

Editado porAndre Amaral  em  31 mar 2025 23:28

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