Governo cria Gabinete de Crise para apoiar famílias afectadas em São Vicente

Salamansa
SalamansaRádio Morabeza

O Governo anunciou a criação de um Gabinete de Crise para dar resposta imediata às necessidades das famílias de Salamansa, na ilha de São Vicente, afectadas pelas fortes chuvas da madrugada do dia 11 de Agosto. Estão a ser mobilizados apoios nacionais e internacionais para responder aos estragos provocados pelas chuvas intensas que atingiram São Vicente e Santo Antão na madrugada de segunda-feira.

A decisão foi comunicada pelo Primeiro-Ministro, Ulisses Correia e Silva, através de uma publicação na sua página de Facebook, após uma visita à localidade.

“Já estamos a mobilizar, por isso é que nós declaramos o estado de calamidade, para acionarmos o Fundo Nacional de Emergência, que é um fundo nacional, mas, ao mesmo tempo, já estamos em contacto com instituições internacionais, como a União Europeia, o Banco Mundial, a própria FIFA, que já se disponibilizou a dar apoio não só na reconstrução de alguma infraestrutura desportiva, mas também apoio humanitário, e vamos desenvolvendo aqui boas parcerias. Mas o essencial é ter uma programação e agir de imediato, é isso que nós estamos a fazer e com prioridade, como eu disse, nas pessoas”, afirmou em declarações à comunicação social. 

“Como foi decidido pelo Governo, vamos intervir de imediato porque muitas destas famílias precisam ter o mínimo para garantirem a sua subsistência, e fazer com que elas possam reconstruir as suas vidas”, acrescentaria, depois, o chefe do Executivo

Entre as primeiras medidas, o Governo pretende garantir habitação condigna para quem vive em situação de precariedade, com risco para a própria vida, e recuperar infra-estruturas destruídas, incluindo estradas e vias de acesso.

Para coordenar a resposta, segundo o chefe do Executivo, já foi criado um gabinete de crise com representantes dos ministérios das Infraestruturas, Inclusão e Proteção Social e da Saúde.

A actuação tem como foco tanto a reparação de danos materiais como o apoio psicológico às pessoas afetadas.

“Sim, temos já, a nível do Governo, os membros do Governo relacionados com toda esta situação problemática, através da área de Infraestruturas, a área que tem a ver com a Inclusão e Proteção Social, incluindo a área da Saúde, porque é preciso dar também a proteção e acompanhamento psicológico. Tudo isto está montado para podermos dar uma resposta efetiva: primeiro, às pessoas; segundo, às infraestruturas; e fazer a retoma da vida e reconstruir São Vicente. Porque isto foi muito forte, é preciso estar no terreno para podermos constatar, de facto, o alcance e todo o impacto desta destruição”, assegurou.

Ulisses Correia e Silva sublinhou que o Gabinete de Crise terá como missão dar atenção, acompanhamento e respostas efectivas para minimizar os efeitos da calamidade.

Segundo Ulisses Correia e Silva, o levantamento dos prejuízos está a ser feito em articulação com a Câmara Municipal de São Vicente, “com o objetivo de assegurar rendimento mínimo, garantir o acesso a alimentação e cuidados de saúde, e permitir que as crianças retomem as aulas no arranque do ano lectivo”.

Questionado sobre a falta de aviso prévio do Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica (INMG), que alegou não ter equipamentos para prever o fenómeno, Ulisses Correia e Silva evitou atribuir responsabilidades “sem informações concretas”.

O Governo decretou o estado de calamidade em São Vicente e Santo Antão, as duas ilhas mais atingidas pela tempestade. Até agora, foram registadas oito mortes e há pessoas ainda desaparecidas, enquanto prosseguem as buscas e os trabalhos de assistência.

No final da visita, o Primeiro-Ministro reuniu com a Câmara Municipal de São Vicente para traçar estratégias e estabelecer prioridades, colocando as pessoas e as famílias.

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Autoria:Sheilla Ribeiro, Lourdes Fortes, Rádio Morabeza,12 ago 2025 19:19

Editado porAndre Amaral  em  13 ago 2025 16:19

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