Janira Hopffer Almada lamenta o facto de o Governo não ter cumprido com o acordo celebrado há nove meses e nem conseguido negociar para evitar a greve.
“Esta é a primeira vez na nossa história que a polícia faz greve, após em Março deste ano ter feito um pré-aviso que só não se efectivou, pelo facto de o Governo ter celebrado um acordo com a Polícia Nacional que não conseguiu cumprir passado nove meses”, diz.
Para o PAICV é “muito preocupante que face aos fenómenos que vêm acontecendo e a insegurança que vem reinando, que pessoas e bens sejam confrontados com essa situação”.
UCID apela intervenção do primeiro-ministro
A UCID, através do seu presidente, António Monteiro, apela à intervenção do primeiro-ministro para se encontrar uma solução para evitar o prolongamento da greve.
“Ainda ontem [26], tínhamos a esperança que o Governo pudesse sentar-se à mesa com o sindicato representativo dos polícias para que se encontrasse uma solução, mesmo que se protelasse um pouco mais a entrada em vigor do acordo”, diz.
“O sentimento de insegurança irá prejudicar nos negócios e na coabitação social”, precisou o líder dos democratas-cristãos, para quem “esta greve pode pôr em perigo a vida das pessoas e seus bens”.
MpD estranha paralisação e acusa PAICV de usar greve como arma de arremesso político
Já o MpD mostrou-se ontem “surpreso” com a greve na Polícia nacional, tendo em conta investimentos feitos na “melhoria das condições salariais” e em equipamentos, no ano e meio de governação.
O dirigente político fez estas declarações numa conferência de imprensa.
“No momento em que o país assiste a situação de seca extrema, em que o Governo tem de fazer face as esses desafios, nós estranhamos esta greve, tendo em conta os investimentos feitos na Polícia Nacional”, posicionou-se.
O secretário-geral do MpD recorda que no último ano e meio de governação do seu partido foram tomadas medidas importantes, nomeadamente no que diz respeito à aprovação do estatuto remuneratório da Polícia Nacional, resolução dos processo de promoções e progressões, assim como foram “reforçados os meios operacionais e de segurança”.
Quanto às declarações da líder do maior partido da oposição, Miguel Monteiro acusou Janira Hopffer Almada de utilizar a greve “como arma de arremesso político”.