O presidente do órgão, Alcides Graça, falava esta manhã, em conferência de imprensa, em jeito de balanço dos dois anos de Governação do MpD.
“A nível da dinâmica económica, estamos praticamente estagnados. Não há investimentos públicos, os incentivos ao investimento privado não saem do papel, o que favorece o marasmo económico em que nos encontramos”, diz.
“A nível do desemprego, sem pôr em causa a credibilidade do INE, julgo que ninguém de boa-fé, que conhece a situação socio-económica de São Vicente, acredita que foram criados 3.727 postos de trabalho nesta ilha em 2017, que hoje temos uma taxa de desemprego na ordem dos 6%, que a taxa de emprego da população activa situa-se na ordem dos 59%”, entende.
Sobre projectos para a ilha, Alcides Graça considera que aqueles que foram anunciados pelo Governo são iniciativas requentadas e que não saem do papel. O dirigente refere-se, nomeadamente, à asfaltagem da estrada Mindelo/Baía, requalificação da Baía das Gatas, obras de ampliação do Hospital Baptista de Sousa, construção do centro de saúde de Monte Sossego, Terminal de Cruzeiros e Zona Económica Especial de Economia Marítima.
“Projectos da Governação anterior. Mas se fossem executados, nós estaríamos satisfeitos. Temos é de passar de anúncios à prática”, diz.
Alcides Graça acusa o executivo de Ulisses Correia e Silva de não estar interessado em resolver o problema de transporte de mercadorias para o exterior, “criado com a saída da TACV do mercado doméstico”. Uma situação que, na óptica do partido, estrangula a economia local.
A Comissão Política regional do PAICV em São Vicente diz que os três Orçamentos de Estado, aprovados pelo Governo, colocaram São Vicente fora das prioridades do executivo.