O secretário-geral do MpD, Miguel Monteiro, acusou, hoje, a presidente do PAICV de querer manter o actual ‘status quo’ no sector dos transportes marítimos ao pedir a anulação do concurso internacional que foi ganho pela empresa portuguesa Transinsular.
“É uma estratégia para voltarmos atrás e não termos condições de mandar mercadorias ou pessoas de uma ilha para outra, não termos regularidade, não termos previsibilidades, termos custos elevados, pessoas nos cais a dizerem que não conseguiram mandar as suas mercadorias”, acusou Miguel Monteiro. “É isso que a líder do PAICV pretende, quer continuar no 'status quo' actual e que não é, certamente, aquilo que os cabo-verdianos querem”, acrescentou dizendo ainda que as declarações de Janira Hopffer Almada “não são mais do que uma bóia de salvação tendo em conta os problemas que tem tido no partido”.
Quanto à declaração do presidente da Associação Cabo-verdiana dos Armadores da Marinha Mercante (ACAMM) que ontem, no Mindelo, declarou que os armadores nacionais não vão participar no capital social da concessionária de transportes marítimos, Miguel Monteiro disse que “se eles não têm essa capacidade de investir nos 25% quanto mais fazerem um investimento de 40 milhões.”
"Se os armadores dizem que não estão em condições de fazer o investimento de 40 milhões aquilo que temos de fazer é permitir que outros que têm essas condições o façam. O país já passou muito tempo sem transporte marítimo", concluiu Miguel Monteiro.