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Para Francisco Tavares o Orçamento do Estado que começa esta semana a ser discutido no Parlamento, para além de ser “o maior da história de Cabo Verde”, é um Orçamento “com ênfase nos jovens e no emprego. O desafio, hoje, é de melhor aproveitar os eventos demográficos em Cabo Verde porque hoje em dia é essencial para acelerar o crescimento económico, mas sobretudo porque a nossa oportunidade demográfica vai-se reduzindo porque a nossa população jovem está a diminuir e como agentes de mudança não podemos desperdiçar”.
O antigo autarca de Santa Catarina destacou igualmente que este é um documento que vem introduzir pela primeira vez “a componente de massificação da formação profissional e dos estágios profissionais, medidas concretas para promover a inserção produtiva dos jovens e fazer com que possamos evitar desperdícios e melhor aproveitar a força produtiva e o contributo que os jovens podem dar para o aumento da produtividade”.
Francisco Tavares destacou ainda que o OE para o próximo ano “tem medidas importantes em matéria de promoção empresarial. Desde logo com o novo ecossistema de financiamento tanto para start ups como para pequenas, médias e grandes empresas. Este é um orçamento que promove as empresas que promove o emprego e a inserção dos jovens”.
Já Eugénio Inocêncio, também ele convidado para ser orador desta conferência, que Cabo Verde precisa de ser capaz de atrair investimentos estrangeiros por forma a criar empregos e gerar riqueza e salientou a necessidade de Cabo Verde ser capaz de chegar ao mercado internacional de capitais para atrair investimentos.
“A abertura do país ao mercado internacional de capitais terá dois efeitos extremamente importantes. Por um lado, vai aumentar a disponibilidade de financiamento, que é um dos grandes problemas quer para intervenções públicas quer para os privados, e, por outro, vai permitir a Cabo Verde ajustar os juros às taxas internacionais que são muito mais baixo”, explicou.
Inocêncio destacou igualmente algumas políticas fiscais previstas no Orçamento do Estado para 2019 que são vistas como importantes para o desenvolvimento da economia do país. É o caso da redução do Imposto sobre Rendimento de Pessoas Colectivas (IRPC) que passa de 25 para 22% e que segundo previsões feitas pelo governo permitirá às empresas nacionais uma poupança na ordem dos 423 mil contos.
