Os dois grupos parlamentares já se pronunciaram sobre as agressões ocorridas hoje de manhã na Assembleia Nacional.
O primeiro grupo parlamentar a reagir foi o do PAICV. Walter Évora, vice-presidente do grupo parlamentar, condenou em conferência de imprensa, condenou “independentemente de quem tem razão” os acontecimentos. O PAICV, assegurou, “não apoia, não colabora e não aceita qualquer tipo de violência física nesta casa. Podemos garantir que, da nossa parte, tudo iremos fazer para manter os ânimos acalmados, para manter a tolerância e um clima de trabalho saudável na casa parlamentar”.
“Depois de termos conhecimento do que aconteceu contactei o deputado da nossa bancada e ele disse que reagiu a uma agressão do deputado Emanuel Barbosa e nós não temos nenhum motivo para duvidar da palavra do deputado Moisés Borges”, acrescentou ainda Walter Évora.
Em declarações à comunicação social, Moisés Borges disse que se limitou a reagir a uma agressão prévia. “Fui também atacado pelo deputado Emanuel Barbosa. Eu estava a entrar na Assembleia e na escada ele atirou-se a mim. Penso que a Constituição me permite em legítima defesa reagir quando sou atacado e é nesta linha que não tenho mais cometário a dizer. Eu fui atacado e reagi como qualquer homem faria no meu lugar”, esclareceu.
Já o MpD, em conferência de imprensa, alegou que a agressão partiu de Moisés Borges. “O grupo parlamentar do MpD condena esta agressão havida por parte do deputado Moisés Borges ao deputado Emanuel Barbosa. Trata-se de um acto condenável, inédito na nossa democracia, um acto que contribui para piorar a imagem que o parlamento tem e que em nada dignifica a nossa democracia”, disse Rui Figueiredo Soares, líder parlamentar do MpD.
“Isto não foi uma briga, foi uma agressão”, acusou Figueiredo Soares que garantiu que “não é a primeira vez que o deputado Moisés Borges ameaça deputados do grupo parlamentar do MpD. Esta questão foi até objecto de uma denuncia no plenário da Assembleia Nacional, não só em relação ao deputado Emanuel Barbosa mas em relação a outros deputados do MpD. É lamentável que tal tenha acontecido. Nós solidarizamo-nos com o nosso colega Emanuel Barbosa”.