"As decisões sobre os TACV não podem ser políticas apenas quando servem para pagar dívidas" - Augusto Neves

PorLourdes Fortes, Rádio Morabeza,10 dez 2018 13:29

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Augusto Neves
Augusto NevesRádio Morabeza

O presidente da Câmara Municipal de São Vicente afirma que as decisões sobre os TACV não podem ser políticas apenas quando servem para pagar dívidas de má gestão. Posição defendida hoje, em conferência de imprensa, para abordar a questão das ligações aéreas internacionais, através da Cabo Verde Airlines para o aeroporto internacional Cesária Évora, no Mindelo.

A necessidade de reposição das ligações directas da Cabo Verde Airlines entre São Vicente e o estrangeiro contínua na ordem do dia e, na semana passada, esteve no topo da agenda mediática e política, tendo o primeiro-ministro afirmado que a retoma dos voos internacionais da TACV, a partir de São Vicente, não é uma decisão administrativa ou política do Governo.

Augusto Neves lembra que a TACV é uma empresa do Estado e que como tal o serviço público deve ser garantido.

“A TACV é uma empresa do estado e por isso as decisões são politicas, porque na hora de pagar as dívidas da má gestão, as decisões têm sido sempre politicas e quem paga é o povo dessas ilhas, através do orçamento do estado. Continuamos a pedir os 4 voos semanais para São Vicente-Lisboa, porque se para outras companhias com 5 ou 6 voos semanais é rentável, para os TACV também tem de ser rentável”, afirma.

Em Outubro, o presidente da câmara de São Vicente já tinha exigido ao Governo os mesmos quatro voos semanais da TACV (Cabo Verde Airlines) São Vicente-Lisboa, recentemente anunciados no percurso Praia-Lisboa.

Augusto Neves afirma que o mesmo milagre que tornou os voos Praia-Lisboa rentáveis também deve ser realizado em São Vicente

“Todos os cabo-verdianos sabem que a TACV sempre foi uma empresa problema e deficitária e tem custado muito ao estado e ao povo dessas ilhas. A gestão foi sempre feita da Praia, nos sucessivos governos, e com inúmeros voos Praia-Lisboa. Mas se não foi viável antes com os voos da Praia, que milagre fez este novo conselho de administração a ponto de convencer o governo que, agora sim, os voos Praia-Lisboa vão ser rentáveis. Deve existir outro milagre que diga que os 4 voos São Vicente-Lisboa também serão rentáveis”, defende.

Neves aponta o dedo aos sucessivos governos pelo estado da companhia aérea nacional e acusa-os de resolver os problemas da transportadora aérea apenas pela troca de conselhos de administração, sem assacar as devidas responsabilidades.

O fim da operação da TACV para São Vicente aconteceu em Setembro de 2017, por decisão da nova gestão da empresa. A retoma dos voos, tal como acontecia até Setembro de 2017, tem sido uma exigência, nomeadamente, dos operadores económicos, os mais afectados pela medida.

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Autoria:Lourdes Fortes, Rádio Morabeza,10 dez 2018 13:29

Editado porNuno Andrade Ferreira  em  7 set 2019 1:16

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