Maria Santos Trigueiros falava à imprensa a propósito do Dia da Liberdade e da Democracia, que se assinala 13 de Janeiro.
“Eu compreendo e me solidarizo com a situação, aquilo que as pessoas de são Vicente reivindicam. O que eu diria é que se nós formos a comparar, por exemplo, a percentagem de pessoas que vão viajar, e eu estou incluída nessa percentagem, com a percentagem de pessoas que precisam de melhorias para a sua vida se processar com o mínimo de dignidade, vamos encontrar que temos uma percentagem maior de pessoas que precisam de uma casa, de acesso à educação, de maior cuidados de saúde, pelo que investir cerca de 300 mil contos mensais numa empresa que ainda não está a conseguir andar com os seus próprios pés, em detrimento de investir esses 300 mil contos para melhor a vida das populações, nas diferentes ilhas, eu diria que confiaria naquilo que o governo está a fazer”, diz.
O fim da operação da TACV para São Vicente aconteceu em Setembro de 2017, por decisão da nova gestão da empresa.
A retoma dos voos, tal como acontecia até Setembro de 2017, tem sido uma exigência, nomeadamente, dos operadores económicos, os mais afectados pela medida, bem como da sociedade civil.
Maria Santos Trigueiros sublinha que o desenvolvimento da ilha não está parado e que há alternativas para as viagens internacionais.
“O desenvolvimento de São Vicente não está parado, aliás, estaria nessa situação grave se nós não tivéssemos nenhuma alternativa de saída de São Vicente. Temos alternativa de saída de São Vicente, não é com os TACV, é verdade, mas temos a TAP que faz a ligação [com Lisboa] 6 vezes por semana, temos essa saída”, aponta.
A ausência de voos para São Vicente continua a marcar a actualidade nacional. Recentemente, o movimento Sokols tentou entregar ao Governo um abaixo-assinado a exigir a retoma dos voos da Cabo Verde Airlines para o Aeroporto Cesária Évora. O documento contém 1.500 assinaturas.