Ulisses Correia e Silva, que fez hoje uma visita relâmpago à Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL), afirmou à Lusa que a privatização da TACV é apenas “um instrumento de operacionalização de um programa muito maior”, que envolve o desenvolvimento de um ‘hub’ na ilha do Sal, a concessão dos aeroportos “ainda este ano” e a concessão dos serviços de ‘handling’.
O objectivo é transformar Cabo Verde numa “grande plataforma aérea de ligação entre África, Américas e Europa” que terá impacto na economia e no sector do turismo, declarou.
“A concessão dos aeroportos vai aumentar o fluxo de passageiros e de tráfego, o negócio da concessão é mesmo esse”, destacou o chefe do executivo.
O primeiro-ministro considerou que a privatização da TACV vai também criar “capacidade de atracão de turistas do Norte da Europa” e perspectivou um aumento significativo do turismo “nos próximos tempos”.
A privatização dos Transportes Aéreos de Cabo Verde (TACV), através da venda de 51% das acções à Lofleidir Cabo Verde, empresa detida em 70% pela Loftleidir Icelandic EHF e em 30% por empresários islandeses, foi formalizada no início de Março.
Dos restantes 49% de capital, 10% serão colocados para subscrição de emigrantes e trabalhadores, e 39% dispersos em bolsa.