Presidente a favor da descentralização das comemorações do 5 de Julho

Marcelo Rebelo de Sousa e Jorge Carlos Fonseca
Marcelo Rebelo de Sousa e Jorge Carlos Fonseca(Inforpress)

​O Presidente da República posicionou-se terça-feira, no Mindelo, como um defensor da descentralização das celebrações do 05 de Julho em países amigos e diáspora, à semelhança do que faz Portugal com o 10 de Junho.

Em declarações à Inforpress, à margem de uma actividade desportiva, no Centro de Estágio do Mindelo, enquadrada nas comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, que este ano decorreram parcialmente em Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca disse que, inclusive, já havia falado do assunto com antigos primeiros-ministros e com o actual presidente da Assembleia Nacional.

“Não só não é impossível, como tenho sido um defensor de que devemos descentralizar as comemorações do 5 de Julho, Dia da Independência”, acrescentou o chefe de Estado, que não coloca de parte a possibilidade de se poder fazer as celebrações num país onde haja uma diáspora cabo-verdiana, como Portugal, Estados Unidos, França ou Senegal, entre outros.

“Mas, porque não, também, já agora, em São Nicolau, na Brava, no Fogo ou em Santo Antão”, comentou Jorge Carlos Fonseca, que considerou que as comemorações do 05 de Julho têm sido “institucionais, formais e muito ritualizadas” e, por isso, passam “um pouco à margem do dono do 05 de Julho, que são os cabo-verdianos”.

“Talvez até isso possa contribuir para uma maior apropriação das principais datas nacionais por parte dos cabo-verdianos, lá onde estiverem”, notou.

Jorge Carlos Fonseca, acompanhado do seu homólogo Marcelo Rebelo de Sousa e dos primeiros-ministros de Cabo Verde e de Portugal, Ulisses Correia e Silva e António Costa, respectivamente, participou na tarde de ontem num encontro com cerca de 160 jovens futebolistas sub-15 de cinco clubes de São Vicente.

O momento foi marcado pela presença do futebolista luso-cabo-verdiano Eliseu, campeão europeu por Portugal, portador de uma réplica do troféu do Euro 2016, que exibiu aos mindelenses.

Na ocasião, o vice-presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), Humberto Coelho, classificou de “óptimas” as relações com a Federação Cabo-verdiana de Futebol (FCF), com quem a federação já manteve várias reuniões de trabalho, como assinalou, pelo que a ideia é estabelecer “alguns protocolos”, principalmente na área da formação, arbitragem e dirigismo.

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Autoria:Expresso das Ilhas, Inforpress, Lourdes Fortes,12 jun 2019 8:16

Editado porNuno Andrade Ferreira  em  11 mar 2020 23:20

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