O ministro das Finanças falava na tarde desta quarta-feira à imprensa, na cidade da Praia, à margem de uma master class sobre o acesso ao financiamento, promovida pela Associação de Jovens Empresários de Cabo Verde.
“Quem queira trabalhar, investir, criar valor, pode contar com o suporte do Estado. Temos dinheiro. Dinheiro é o que não falta hoje”, afirma.
A tutela da pasta das Finanças justifica a sua afirmação, apontando o Fundo de Garantia Parcial, com 10 milhões de euros, o Fundo Soberano para a promoção do investimento privado, com mais 90 milhões de euros, a linha de financiamento do Compacto Lusófono, com cerca de 460 milhões de euros, e a linha de financiamento do Afreximbank, com quase 500 milhões de euros.
“Tudo somado é dinheiro que nunca mais acaba. Dinheiro não falta. Agora, precisamos de projectos bancáveis, gestores adequados para gerir os projectos e criar valor e de ideias de negócio que possam criar valor para todos. Se assim for, este país tem tudo para ser um país desenvolvido”, diz.
Olavo Correia lembra que hoje é preciso ter competência para competir à escala global, num país que, diz, é de exportação.
“Quando falamos do mercado das TIC, é um mercado global. Os jovens cabo-verdianos ou são competentes ou não são. Nós temos que aprimorar o sistema educativo para que tenhamos jovens competentes. Jovens que consigam desenvolver produtos, soluções e consiga coloca-los no mercado nacional e internacional. O mercado hoje é global. Nós em Cabo Verde temos que competir com chineses, franceses, alemãs, espanhóis. Nós não podemos proteger o mercado pela via de restrições administrativas. Temos de ter gente preparada e capaz para competir em Cabo Verde e com todos, e para competir a partir de Cabo Verde para o mundo com todos. Gente preparada, bem formada, qualificada, mas gente que trabalha, porque isso aqui não é telenovela”, refere.
A master class abordou questões relacionadas com “os melhores métodos de acondicionamento de necessidades de financiamento” e questões-chave da abordagem como subsídios, finanças tradicionais versus finanças alternativas, empréstimos empresariais, financiamento colaborativo, património e investimento.