Olavo Correia fez esta intervenção à imprensa, à saída da reunião da Comissão Especializada de Finanças e Orçamento, com a proposta de Orçamento de Estado para 2020 em apreciação.
Conforme avançou, o Governo está a trabalhar para dar ao país “um quadro de estabilidade”, sendo que Cabo Verde, pela sua dimensão e importância, “tem que ser” um país credível, com um “quadro macroeconómico que dê todas as garantias”.
“Estamos a investir forte nas pessoas, nos jovens, na educação, na saúde, na formação profissional, na segurança, mas também na criação de oportunidades dos jovens cabo-verdianos, através da promoção do sector privado”, apontou.
Segundo revelou, está-se a investir também na resiliência, pois, o país é hoje confrontado com as alterações climáticas e “não pode estar todos os anos” com novos programas de emergência.
“Cabo Verde tem que ter um programa forte virado para o mundo rural, temos que continuar a investir na água, transformação da água do mar em água para rega, utilizando as energias renováveis para reduzir o seu o custo”, salientou.
Nesta linha, indicou que o país tem que fazer da agricultura “um sector rentável”, que tenha certificação, acesso ao mercado de consumo, mas também que seja feita de forma empresarial.
De acordo com o vice-primeiro ministro, este é um OE que procura reduzir as assimetrias regionais, com medidas fiscais muito importantes, realçando a redução da taxa de impostos para pessoas colectivas para 20%, criação de um quadro também que possa permitir o fomento da economia, com incentivos fiscais para as micro e pequenas empresas.
“Criar incentivos fiscais para que possamos atrair investidores e investimentos de qualidade para todos os sectores que fazem parte da estratégia de Cabo Verde em relação ao futuro”.