Ulisses Correia e Silva, também na qualidade de presidente do Movimento para a Democracia (MpD), veio ao Mindelo presidir, na noite de sexta-feira, 11, a uma conferência/jantar organizada pela juventude do seu partido, em comemoração do 13 de Janeiro, Dia da Liberdade e da Democracia.
A pensão, justificou, é um “reconhecimento do Estado” daquilo que aconteceu na história do arquipélago e que “jamais se repetirá”.
“É justo e é merecido, a lei foi aprovada no parlamento e a pensão para cada um daqueles que foram vítimas vai ser atribuída ainda neste mês de Janeiro”, reforçou a mesma fonte.
Correia e Silva disse que celebrar o 13 de Janeiro é proteger e cuidar da democracia.
“Sobretudo no mundo relativamente complicado em que vivemos hoje, em que vemos o surgimento do populismo, da demagogia, do facilitismo e de atentados à democracia, temos que estar cada vez mais conscientes de que não há ganhos para sempre se não se valorizar e cuidar das conquistas”, reforçou.
Daí, sugeriu, a importância de se valorizar a história, a estabilidade e a localização geoestratégica para “fazer a diferença” através das pessoas, pois, sintetizou, não há desenvolvimento que não parta de mulheres e homens.
Em relação a São Vicente disse sentir que hoje “há diferença, há mais sentido de confiança e auto-estima”, daí afirmar não ter dúvidas de que 2020 vai ser “o ano de diferença forte” em São Vicente.
Com investimentos privados a acontecerem, enumerou, e que vão concretizar-se “em força”, com o turismo a “ganhar força”, porque o Governo “definiu colocar ilha no mapa em Cabo Verde e no mundo como destino turístico” e com o campus do mar, “que vai avançar”, para a criação de competências em São Vicente no sector da Economia Marítima, de qualificações, do ensino superior, do ensino técnico e da investigação.
Mas também, continuou, com o parque tecnológico, que se encontra em construção, para uma “aposta forte” na economia digital, e a Zona Económica Especial de Economia Marítima, “que vai arrancar”.
“Estou super convencido de que estamos no caminho certo e que vamos colocar as ilhas em situação melhor e fazer de São Vicente uma ilha de referência em Cabo Verde”, sintetizou Ulisses Correia e Silva.
Por fim lançou o desafio no sentido de cada cabo-verdiano acreditar em si e buscar soluções e resultados, pois só com “atitude positiva para fazer a diferença” se alcança o emprego, o rendimento, o crescimento e a criação de riqueza.
“Num combate de verdade e encarar de frente as dificuldades em liberdade e com dignidade, mas sem aproveitar as fragilidades das pessoas”, concluiu.
Na conferência/jantar em comemoração do 13 de Janeiro intervieram ainda o responsável local da JpD, Vander Gomes, o presidente da JpD, Euclides Silva, a coordenadora local do MpD, Maria Santos Trigueira, e o presidente da câmara de São Vicente, Augusto Neves.