Ulisses Correia e Silva discursava durante a abertura de uma reunião com instituições sociais para avaliar a aplicação das medidas de Protecção Social.
Para o Chefe do governo, apesar do país ter registado poucos casos a situação ainda é de risco de contágio e de propagação do novo coronavírus. Por isso, apesar de “a grande maioria dos cidadãos” ter respondido positivamente às medidas de contenção e às restrições em vigor, o governante defende que é preciso consolidar os ganhos, reduzir os riscos para níveis ainda mais baixos e aceitáveis.
“O governo é favorável ao prolongamento do estado de emergência para os próximos dias. A saída do estado de emergência após o período de prolongamento vai ser progressiva, controlada, de forma a que as restrições que estão em curso e a retoma da actividade económica possam ser conciliáveis. Ao mesmo tempo que se irá retomar as actividades económicas após o prolongamento após o estado de emergência, as restrições irão ser reduzidas”, disse.
Segundo avançou Ulisses Correia e Silva, o governo aprovou ontem um investimento de 45 mil contos para o reforço da distribuição de água nas zonas rurais da ilha de Santiago, muito atingidas pela seca, de modo a satisfazer as exigências acrescidas de higiene pessoal, individual e colectivas solicitadas nesta fase de luta contra a COVID-19.
No domínio da protecção social, defendeu que se devem redobrar os esforços e atenção para que os benefícios possam chegar atempadamente àqueles que mais necessitam, mas, de uma forma organizada, estruturada, na base de programas de protecção ao rendimento às famílias e dos cuidados que estão em execução.
“A politização e a partidarização do combate à COVID-19 é o que o país menos precisa e seguramente a grande maioria dos cabo-verdianos não deseja, é por isso necessário não perder o foco. E o foco é salvar a vida das pessoas através da prevenção e salvar o país de situações mais complicadas de propagação da COVID-19”, referiu.
Ulisses Correia e Silva ressaltou ainda que a dimensão psicológica com o confinamento em casa tem sido acautelada e deve-se continuar a reforçar o apoio a esse nível.
“A linha verde tem sido um bom auxiliar, não há registo significativos de casos de VBG neste período o que demonstra que as respostas também têm sido tendencialmente muito positivas”, apontou.