Num texto publicado sexta-feira na página da Presidência da República na rede social Facebook, o chefe de Estado considera que são muitos os desafios que se colocam, a todos, na fase de desconfinamento que se segue, em especial aos políticos e às diversas instituições públicas e privadas.
O chefe de Estado refere que que com o país a retomar, ainda que lentamente, o ritmo das suas actividades económicas e sociais, suspensas durante o período que vigorou o estado de emergência, as ilhas se preparam para uma nova fase.
“Todos estamos conscientes dos riscos que ainda corremos, mas igualmente cientes de que vida não pára e que ela também renasce. Um renascimento que se quer sob o signo do civismo e do sentido de responsabilidade, que cabe a cada cabo-verdiano e cabo-verdiana, para que consigamos, todos unidos, voltar à normalidade, aos nossos empregos, negócios, aos nossos projectos de vida”, lê-se.
Para o mais alto magistrado da Nação, os efeitos da pandemia do novo coronavirus são ainda incalculáveis, sobretudo do ponto de vista económico, junto das populações mais vulneráveis. Para Jorge Carlos Fonseca, as assimetrias existentes no país correm o risco sério de maior aprofundamento pelo efeito da Covid 19.
“Por isso, as populações, o seu bem-estar, a sua condição de vida, estarão sempre em primeiro lugar, nas preocupações do Presidente da República. Nas cidades, em todos os concelhos, mas sobretudo no campo, onde a realidade, o dia a dia, continua marcado por dificuldades de vária ordem”, aponta.
Na mesma publicação, Fonseca destaca as várias instituições e profissionais que, desde o início, têm estado na chamada linha da frente a “lutar de forma incansável, para que a nossa segurança, a vários níveis, seja garantida, e para que o plano de combate ao vírus tenha sucesso”.
O Presidente da República reuniu-se ontem com os seus colaboradores directos, num encontro para discutir ideias e projectar o plano de actividades, uma linha de orientação da actuação do chefe de Estado, nesta fase de desconfinamento, da abertura faseada.
“Á semelhança daquilo que vem marcando a actuação do Presidente da República, da sua preocupação para com o bem-estar das populações, estas continuam em primeiro lugar. E nunca como agora elas estiveram tão vulneráveis; nunca como agora as nossas gentes precisaram tanto da nossa atenção”, garante.
Jorge Carlos Fonseca promete acompanhar com muita atenção o desenrrolar desta abertura progressiva, procurando ouvir os representantes dos vários sectores de forma a interirar-se do andamento da evolução da situação. Um trabalho que espera fazer através da utilização das novas tecnologias e com visitas programadas a diversas instituições, eventualmente algumas deslocações a municípios, de acordo com as condições de segurança possíveis.
Como mais alto magistrado da Nação, Jorge Carlos Fonseca recorda que o Presidente da República exerceu, neste período mais crítico, as competências que lhe são conferidas pela Constituição, numa acção ponderada e com sentido de Estado e pela saúde pública, em articulação com o Governo e as autoridades sanitárias.