Denúncia feita hoje, em conferência de imprensa, realizada em São Vicente, por João Santos Luís, um dos vice-presidentes do partido, para quem a Emprofac está a "impor" os preços das máscaras.
“As máscaras cirúrgicas, que antes custavam cerca de 15 escudos, custam agora à volta de 105 escudos, aumento de 700%, o que nós achamos exorbitante numa população que antes da pandemia, 30% era considerada muito pobre, e que com a pandemia está mais frágil”, afirma.
Esta é uma das preocupações que o partido vai levar para a interpelação ao ministro de Saúde, na primeira sessão parlamentar de Junho, que arranca esta quarta-feira.
Em Maio, uma portaria conjunta dos ministérios da Indústria, Comércio e Energia, e da Saúde e Segurança Social atribuiu à Emprofac a competência exclusiva de distribuição de máscaras comunitárias.
As máscaras produzidas em Cabo Verde são adquiridas pela empresa estatal, por um valor de 170 escudos, e colocadas no mercado por 230 escudos.
Valor que, segundo a UCID, não é razoável.
“Não achamos razoável que a Emprofac compre uma máscara por 170 escudos, num atelier, para revender por 230 escudos, não faz sentido. A Emprofac devia, como uma empresa nacional, promover, criar condições para que as fábricas e os ateliers que confeccionam as máscaras possam fazê-las e vendê-las. A Emprofac, do nosso ponto de vista está, a fazer negócio e com isso está a prejudicar a população”, lamenta.
A instalação em São Vicente de uma máquina de Tomografia Computorizada (TAC) é outra preocupação que a UCID vai levar para esta sessão parlamentar desta semana.