“Os sucessivos governos não têm dado a devida atenção, nem o devido valor, a esta classe, deixando-a à sua sorte e ao sabor do mercado. Só assim se explica que, desde há vários anos, não exista neste sector qualquer tabela salarial e que os salários estão imutáveis há vários anos e os direitos adquiridos em matéria de segurança social não estejam a ser respeitados”, afirma.
A UCID acusa o governo de anunciar a alteração da idade de reforma dos marítimos e, em seguida, ter adiado o processo, situação que classifica de manobra dilatória, ”com objectivos eleitoralistas”.
O vice-presidente da UCID pede esclarecimentos sobre o paradeiro dos processos relacionados com os descontos que os marítimos fizeram durante a vigência da Caixa Sindical da Presidência dos Marítimos e Ofícios Correlativos.
“Por se tratar de algo muito grave e injusto, a UCID solicita e exige que o Governo intervenha junto do INPS, com vista a esclarecer e clarificar, o mais urgente possível, esta situação, tendo em vista a clara penalização dos profissionais em causa”, defende.
Segundo os Democratas Cristãos, nesta matéria, o Instituto Nacional de Previdência Social “está a violar” o decreto-lei nº116/82, de 24 de Dezembro, que extinguiu as caixas sindicais de previdência.
A UCID pede também a resolução da situação dos marítimos cabo-verdianos que trabalham em navios estrangeiros e que não têm protecção social.