Em causa está, segundo o partido, uma alegada falta de transparência dos critérios para distribuição das casas.
“Achamos que houve uma falta de transparência total na distribuição destas moradias e nós, efectivamente, estamos a pedir, e vamos pedir por escrito, uma auditoria ao processo de distribuição dessas oitenta casas de Classe A”, afirma.
Em conferência de imprensa, realizada hoje, em São Vicente, o vice-presidente da UCID, João Santos Luís, na sequência de uma visita ao complexo habitacional de Chã de Vital, considerou que antes da entrega das casas era necessária uma reavaliação dos processos.
“Existem pessoas que pediram casas no IFH e a obrigação da Câmara Municipal era fazer uma reavaliação dos pedidos para saber se os agregados reduziram ou aumentaram”, sublinha.
A UCID denuncia, ainda, a falta de condições habitabilidade.
“Até hoje, aquelas casas não têm água potável, nem electricidade. (...) Há uma descoordenação completa nesta matéria que queremos apurar, para se perceber o que é que está a passar”, denuncia.
Em 2016, o governo transferiu para as Câmaras Municipais a responsabilidade da gestão das casas de classe A, construídas no âmbito do extinto programa "Casa Para Todos", para posterior arrendamento, às pessoas de baixa renda.
Ao todo, 2.242 habitações foram passadas para as autarquias, num processo que decorreu entre Agosto de 2018 e Janeiro deste ano.
Coube à Câmara Municipal de São Vicente a gestão de 232 habitações.