Denúncia feita hoje, em conferência de imprensa, pela líder da bancada da segunda força política no município, Isidora Rodrigues Santos, que fala numa dívida interna “elevadíssima”.
“A câmara municipal, com uma dívida interna elevadíssima e com um serviço de dívida bastante elevado, não tem tido a capacidade de cumprir junto à banca e os seus fornecedores. O serviço de juros da dívida não tem sido pago na sua totalidade, segundo os documentos da conta de gerência, o que nos leva a concluir que a edilidade tem usado desse expediente para se auto-financiar, fugindo ao crivo da Assembleia Municipal, ao mesmo tempo que aumenta a dívida do município”, alerta.
Isidora Rodrigues, que falava hoje à imprensa, numa antevisão da sessão da Assembleia Municipal, agendada para quinta e sexta-feira, diz que a “falta de transparência” nas contas municipais é evidente e justifica a sua posição com alegadas "incoerências" nos relatórios de contas.
“Os números contabilizados nos quadros da evolução das receitas não coincidem com aqueles descritos no texto, mostrando uma grande discrepância. Alguns itens, como por exemplo outras despesas, em diversos serviços, apresentam valores elevadíssimos, o que a nosso ver constituiu uma dificuldade acrescida para se entender as razões para se ter gasto tanto dinheiro, sem que haja uma descrição pormenorizada dos gastos”, afirma.
A bancada municipal da UCID pede a clarificação das contas por parte da autarquia, ao mesmo tempo que pede a publicação do relatório de uma alegada “diligência inspectiva” feita à câmara, há mais de um ano.