Posição expressa hoje, em conferência de imprensa, pelo presidente do partido e candidato à liderança da autarquia mindelense, António Monteiro.
Segundo este, neste momento, a Câmara recorre a descoberto num dos bancos comerciais da praça para poder pagar os salários.
“A Câmara não dispõe de liquidez para honrar os compromissos e nem pagar os salários. Por isso, todos os meses recorre a descoberto no banco para poder pagar os salários. Tem dívidas avultadas perante várias instituições públicas e privadas, nomeadamente o INPS, Finanças, Electra, CV Telecom, muitas empresas de construção civil”, refere.
Em relação ao INPS, segundo António Monteiro, a dívida ronda cerca de 40 milhões de escudos. Quanto às outras instituições, diz que foram negados ao partido os dados sobre estas dívidas.
António Monteiro estranha a não publicação da auditoria administrativa e financeira feita há mais de um ano e questiona o papel do governo nesta matéria.
“Apesar de toda essa situação financeira da câmara, que podemos chamar de uma situação de falência, o Ministério das Finanças continua mudo e calado, compactuando com a má gestão pois há mais de um ano que mandou fazer uma auditoria administrativa e financeira à Câmara, sem, no entanto, publicar o resultado da auditoria”, nota.
A UCID diz-se preocupada com a gestão financeira do município por parte do executivo liderado por Augusto Neves - também candidato nas autárquicas deste ano - e recorda que o Tribunal de Contas devolveu à Câmara as contas de gerência de 2017 e 2018.