O deputado fez estas declarações quando falava à imprensa após a visita que efectuou ao círculo eleitoral da Boa Vista, trazendo ao conhecimento público um conjunto de problemas que, segundo diz, “carecem de respostas por parte do Governo e da Câmara Municipal da Boavista”.
“Constatamos que vários trabalhadores das grandes unidades hoteleiras já foram despedidos e outros continuam a receber cartas de despedimento. Isso mostra que as medidas excepcionais adoptadas no âmbito desta situação emergencial provocada pela pandemia da Convid-19, que tinham como principal objectivo proteger o emprego e o rendimento dos trabalhadores, não estão a funcionar e as pessoas estão a perder os seus empregos”, afirmou o deputado.
Segundo Walter Évora, para agravar a situação, a esses trabalhadores tem sido negado os seus pedidos de subsídio de desemprego, uma vez que, sublinhou, “legalmente continuam a constar como estando em regime de ‘lay-off’, mesmo depois de receberem carta de despedimento”.
Por isso, Walter Évora alertou ao Governo que “algo não está bem” e pediu ao executivo “para tomar pulso e medidas à situação dos trabalhadores na ilha da Boa Vista”.
Outro problema que o deputado trouxe à imprensa é a saída de centenas de pessoas da ilha da Boa Vista, por via marítima, avançando que constatou “in loco” que as pessoas estão sujeitas a embarcar em condições precárias, obrigadas a ficar debaixo de um sol abrasador e ao relento durante horas antes da partida.
Por isso, aquele parlamentar pediu ao Governo para actuar junto da Enapor e que faça um “hangar com as condições mínimas”, para que as pessoas possam aguardar pela sua viagem com um “mínimo” de conforto porque, conforme disse, “é inadmissível que o povo desta república esteja sujeito a tais condições para poder viajar”.
Ainda conforme o parlamentar, o Governo deve, neste momento excepcional, criar condições também excepcionais para a renovação do cartão de residência das comunidades imigradas.
O deputado fez esta chamada de atenção, referenciando a situação vivida pelas comunidades imigradas na ilha da Boavista, que com a crise económica provocada pela pandemia da Covid 19, ficaram sem emprego e enfrentam, agora, o desafio da renovação do cartão de residência.
Isto porque, tendo em conta que “para se renovar o cartão de residência precisam ter contrato de trabalho e situação regularizada junto do INPS”, o que, conforme disse, “não é possível neste momento particular que vivemos”.
Por último, Walter Évora trouxe também a conhecimento público, a situação que considerou “difícil” vivida pelos criadores de gado da ilha da Boavista.
“Os criadores de gado da ilha da Boavista continuam a ver o seu gado a ser dizimado pelos sucessivos ataques dos cães vadios. Estão desesperados e chegaram ao ponto de tentarem resolver o problema pelas suas próprias mãos”, concluiu o deputado frisando que este “problema dos cães vadios é da inteira responsabilidade da Câmara Municipal que urgentemente tem que arranjar solução para o problema”.