A informação foi confirmada esta tarde pelo vice-primeiro-ministro e Ministro das Finanças, Olavo Correia, durante a discussão e aprovação na especialidade do Orçamento de Estado para o ano económico de 2021. O governante lembra que são empréstimos concessionais.
“Estávamos a trabalhar e conseguimos já esse acordo. Temos o grupo de Apoio Orçamental que está neste momento numa missão em Cabo Verde, e essas questões todas estão sobre a mesa, no sentido de conseguirmos mais financiamento. Mas já temos essa garantia de 5 milhões de euros do Banco Africano de Desenvolvimento, mais 3 milhões adicionais do Banco Mundial. São empréstimos concessionais”, anuncia.
“Também temos a possibilidade de uma moratória na ordem dos 310 mil contos que nós podemos conseguir, já tendo a garantia em como isso será possível. Posto isto, nós temos no total cerca de 1.145 milhões de escudos de valores que nós conseguimos mobilizar. O total era 2.5 mil milhões de escudos, e o diferencial, cerca de 1.3 mil milhões, tem de ser gerido pela via das cativações”, aponta.
Olavo Correia diz que como não há certezas em relação à evolução da conjuntura económica, por causa da pandemia da COVID-19, o Governo deve ter os meios para intervir em caso de necessidade.
“Tudo iremos fazer, e temos estado a fazer, para evitar cortes e atrasos no pagamento das remunerações, para evitar cortes nas pensões, para evitar que tenhamos restrições em relação ao investimento na saúde, na educação, nas transferências para as famílias, mas também no apoio para protecção de empregos".
O governante volta a referir que Cabo Verde foi confrontado com uma recessão económica que provoca uma quebra abrupta de entre 30% e 40% das receitas públicas.
O Orçamento de Estado para 2021, que está em debate na casa parlamentar, deverá contar com o valor global total de 77.896 milhões de escudos. O Governo prevê uma inflação de 1,2%, défice orçamental de 8,8% e uma taxa de desemprego a reduzir de 19,2% para 17,2%.