A posição dos autarcas da UCID foi tornada pública esta tarde, durante uma conferência de imprensa proferida pelo porta-voz, Anilton Andrade.
“O valor global do orçamento é de um bilhão e 40 milhões de escudos. Apesar de estarmos perante um orçamento meramente doméstico, o mesmo permite o funcionamento da Câmara Municipal. Porém, não permite gerar recursos nem criar uma forte economia para a ilha de São Vicente. Daí o nosso voto abstenção”, aponta.
Os democratas-cristãos justificam o seu sentido de voto por considerarem que “o pouco tempo” que tiveram para analisar o documento condicionou a sua apreciação. Aponta “valores confusos e pouco evidentes”, nomeadamente na rubrica “Outras despesas”.
“Esta rubrica não pode ser um saco em que cabe tudo. Isso implica que não saibamos efectivamente o valor determinado para cada área e quais são as mais beneficiadas. Por outro lado, o valor em dívida para com entidades bancárias, cerca de 10% do orçamento geral, [quase 95 mil contos] requer que a Câmara tenha menos encargos e despesas para que não fique à margem da liquidação”, refere.
Outra preocupação dos vereadores da UCID prende-se com a rubrica “despesas com o pessoal” que, segundo diz, ultrapassa os 383 milhões de contos. O partido alerta que muitos dos cerca de 1.200 funcionários já ultrapassaram a idade de reforma.
“A rubrica despesas com as pessoas é elevadíssima, pelo que propomos a aceleração dos processos de reforma dos funcionários que já ultrapassaram a idade exigida por lei”, entende.
A análise e aprovação do plano de actividades e orçamento da Câmara Municipal de São tiveram lugar na sessão camarária desta segunda-feira, 18. Os vereadores do MpD votaram a favor. Os eleitos da UCID e do PAICV abstiveram-se. Os instrumentos de gestão serão agora submetidos à Assembleia Municipal para aprovação.