A declaração do partido foi manifestada hoje, em conferência de imprensa, pelo cabeça de lista pelo círculo de África, António Tavares.
“Estamos confiantes de que vamos conseguir dois deputados para África porque o povo está desperto. Os cabo-verdianos e cabo-verdianas, há 45 anos têm votado na esperança de ver as suas vidas melhores e [vêem] que as suas situações não dão nenhum passo em termos de dignidade de vida, em termos de dignidade dos seus descendentes, em termos de capacidade de competir na vida social no lugar onde nascem, em termos de maior participação cívica política e social nos países onde estão. Então há uma necessidade de esclarecimento e de resolução dessa situação na profundidade”, apontou.
Segundo aquele candidato da UCID, a primeira preocupação do partido é o sentido de pertença a Cabo Verde, onde os direitos civis e sociais devem ser melhor protegidos, além das “oportunidades” que o continente apresenta.
António Tavares afirmou que tal como a diáspora cabo-verdiana, a comunidade daqueles países africanos também sofre. Mas, referiu, é um problema que o Estado de Cabo Verde tem de dialogar com aqueles Estados para que sintam a solidariedade africana.
“Ajudamos o nosso povo sim, mas eles estão no meio de uma comunidade onde o povo ali também sofre. Daí o nosso engajamento no sentido de achar uma solução para a nossa comunidade e de solidarizar através de uma cooperação mais estreita, de proximidade com os países africanos que é o mundo com o qual nos identificamos”, considerou.
Quanto às campanhas eleitorais no continente africano, António Tavares disse que a pandemia é um “grande obstáculo”, bem como a carência de meios económicos, já que o partido não tem um grupo parlamentar.
“Daí que as redes sociais são instrumentos hoje, mais do que nunca, importantes para fazer eco junto da nossa comunidade. Mas, também temos fragilidades porque muito deles são completamente excluídos em termos de informatização, de digitalização. Há uma espécie de info-exclusão, porque as nossas gentes não estão familiarizadas com as redes sociais”, indicou.
Nesse sentido, prosseguiu, o partido está a fazer um esforço junto das comunidades para tentar “fidedignamente” ter representação no seio dessas comunidades e na mesa de eleição.